A Câmara de Comércio Paraguai–Brasil (CCPB) divulgou, nesta semana, a nova edição do estudo Update Comex, que atualiza os números do comércio entre os dois países.
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No acumulado dos três primeiros trimestres de 2025, o Brasil vendeu US$ 590,9 milhões a mais do que comprou do Paraguai. O ano deverá, portanto, fechar com saldo favorável ao Brasil, em universo que representa cerca de US$ 8 bilhões em transações bilaterais.
De acordo com o Update Comex, os três itens mais comprados pelo mercado brasileiro são energia elétrica (US$ 695,7 milhões), grãos de soja (US$ 266,5 milhões) e autopeças (US$ 224,7 milhões).
Por outro lado, o Top 3 das vendas brasileiras ao Paraguai está composto por fertilizantes (US$ 122,4 milhões), cerveja (US$ 97,1 milhões) e fios e cabos (US$ 89,2 milhões).
A pauta brasileira para o Paraguai tem mais diversidade devido à exportação, por exemplo, de diversos tipos de maquinários agrícolas e industriais. Já a energia elétrica paraguaia vendida ao Brasil, número um da lista, provém da usina binacional de Itaipu.
Em declarações reproduzidas pelo jornal La Nación, Fabio Fustagno, presidente da CCPB, destacou que muitas das importações paraguaias estão ligadas a investimentos.
“O Paraguai está importando mais porque está produzindo mais. Isso significa investimento, emprego e expansão industrial”, indicou.
O Brasil ocupa, não por acaso, a liderança do ranking de Investimento Estrangeiro Direto (IED) no Paraguai. Os investimentos estão a cargo, principalmente, de companhias que adquirem empresas ou abrem filiais para a produção de itens diversos no país.
Aos investidores, o Paraguai costuma oferecer a imagem de um país com baixa carga tributária, energia elétrica barata e mão de obra abundante. A região de Ciudad del Este está entre os principais destinos dos investidores brasileiros em território paraguaio.

