Nem descontos acabam com protestos no Paraguai, alguns violentos

Em alguns postos da Petropar, os combustíveis com desconto estavam esgotados.

Em alguns postos da Petropar, os combustíveis com desconto estavam esgotados.

O protesto de caminhoneiros e de outras categorias, inclusive camponenses, continua em vários pontos do Paraguai, na tarde desta segunda-feira, 21, à espera de que o desconto no óleo diesel e na gasolina seja documentado.

Os caminhoneiros, que sobre isso estão divididos, também querem que seja aprovado o fundo de estabilização para subsididar o preço dos combustíveis.

Há bloqueios intermitentes de rodovias em Villa Rica, departamento de Guairá, onde se formam longas filas; na rodovia PY03, que une Asunção a Salto del Guairá; no km 152 da cidade de San Estanislao; na rodovia PY08, trechos de Coronel Bogado e Bella Vista Norte; e no km 251, no desvio de Santa Catalina.

O Ministério de Obras Públicas informou ainda sobre bloqueios em San Pedro, no Chaco, em Concepción, em Salto del Guairá e em outros pontos.

VIOLÊNCIA

Em Hernandarias, a 15 km de Ciudad del Este, um grupo de camponeses e caminhoneiros atacou com pedras e paus um carro cujo condutor não quis deter a marcha e – segundo eles – ameaçou atropelar a barreira humana postada na rodovia.

Segundo o jornal La Clave, a vítima foi identificada como o brasileiro Raimundo James Wright, de 57 anos, que mora em Itakyry.

O carro teve o parabrisas quebrado. Os estilhaços do vidro provocaram ferimentos no braço e no rosto de Raimundo, que fez denúncia na polícia.

O jornal destaca que não é o único de violência registrado nos bloqueios de rodovias, em protesto contra a alta dos combustíveis.

SEM ESTOQUE

O jornal ABC Color noticiou que a estatal Petropar iniciou o dia com descontos no diesel e na gasolina, como havia sido prometido pelo governo.

No entanto, em vários postos de Assunção não havia gasolina à venda, pela manhã, porque o estoque tinha terminado já no domingo.

Alguns motoristas se queixaram de que foram obrigados a encher o tanque em postos de distribuidores privados, a um custo mais alto, já que os descontos valem apenas para a estatal, que detém cerca de 10% do mercado paraguaio.

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