O governo do Paraguai lançou, nessa quinta-feira (6), a Operação Escudo Guarani, cujo objetivo é o combate ao crime organizado transnacional.
Leia também:
Argentina envia reforços federais para patrulhar a fronteira trinacional
De acordo com a agência pública IP, o exercício mobilizará cerca de quatro mil efetivos militares, tendo como foco as fronteiras do país.
O Paraguai está localizado entre três países: Argentina, Bolívia e Brasil. No caso da Argentina, todos os limites são fluviais, marcados por rios. Com Bolívia e Brasil, o país tem uma extensa área de fronteira seca, considerada de difícil patrulhamento.
“Desenhamos essa iniciativa estratégica para reforçar o combate às ameaças geradas pelo crime organizado transnacional e por organizações terroristas que podem afetar nossa segurança interna”, afirmou o ministro da Defesa, Óscar González.
Recentemente, o Paraguai anunciou o enquadramento de grupos criminosos brasileiros, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), como terroristas.
Além disso, o país conta com uma organização armada que atua em áreas do Centro-Norte paraguaio, o Exército do Povo Paraguaio (EPP). O EPP e suas dissidências estão classificados como grupos terroristas pelo governo do Paraguai.
Ademais das forças militares, a Operação Escudo Guarani mobilizará instituições como a Polícia Nacional e a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad).
Áreas fronteiriças com o Brasil, como os departamentos (estados) de Amambay, Canindeyú e Alto Paraná, terão mobilização de militares. Na fronteira com a Argentina, as tropas farão ações nos departamentos de Itapúa, Misiones e Ñeembucú.
(Com informações do Ministério da Defesa do Paraguai)

