Em 1961, os presidentes do Brasil e do Paraguai, Juscelino Kubitschek e Alfredo Stroessner, se encontraram em Foz do Iguaçu para uma das cerimônias de inauguração da Ponte da Amizade (a abertura oficial, contudo, ocorreria apenas em março de 1965).
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Na ocasião, descerraram uma placa comemorativa recordando os entendimentos entre os dois governos para que a obra pudesse sair do papel. Tal placa, esquecida ao longo dos anos, voltou agora a estar em evidência no Paraguai.
Nessa terça-feira (11), autoridades brasileiras e paraguaias participaram, em Ciudad del Este, de um ato comemorativo. A cerimônia ocorreu na prefeitura da capital do Alto Paraná, localizada a cerca de dois quilômetros da Ponte da Amizade.

Com a presença do cônsul-adjunto do Brasil, Cassiano Bühler da Silva, a prefeita interina María Portillo entregou a restauração da placa de 1961. O trabalho esteve a cargo do restaurador Raúl Leiva, descendente de uma família pioneira de Ciudad del Este.
De acordo com a prefeitura da cidade paraguaia, a placa comemorativa simboliza “a união e a cooperação entre Paraguai e Brasil” trazida pela Ponte da Amizade. O objeto integra o acervo do Museu El Mensú, localizado ao lado da prefeitura esteña.
Ponte da Amizade na história
À época de sua construção, entre o final da década de 1950 e o início dos anos 1960, o arco de concreto da ponte esteve entre as maiores estruturas do tipo no mundo.
Mesmo já estando 100% finalizada, a inauguração oficial da Ponte da Amizade ocorreu apenas em 27 de março de 1965, três anos e meio após a visita de Juscelino.
Desde então, a Ponte da Amizade ocupa papel de destaque na integração regional na América do Sul. Por ela, diariamente, trafegam moradores da fronteira, viajantes internacionais e cargas dos mais diversos tipos e origens.

