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Paraguai e Brasil discutem construção de gasoduto até a Argentina

Na última quarta-feira (19), o país vizinho firmou um memorando com Mato Grosso do Sul para acelerar os estudos sobre o gasoduto.

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Paraguai e Brasil discutem construção de gasoduto até a Argentina
Panorama da reunião em Campo Grande, na qual o gasoduto foi debatido. Foto: Assessoria/Semadesc-MS

Autoridades do Brasil e do Paraguai estão discutindo a construção de um gasoduto. A estrutura terá como objetivo conectar uma rede de tubulações, já existente na Argentina, com as regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.

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Na última quarta-feira (19), representantes do governo do Paraguai estiveram em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, para discutir o projeto.

Do encontro, saiu um memorando de entendimento entre paraguaios e sul-mato-grossenses, comprometendo-se à realização de estudos em prol do melhor traçado para o gasoduto.

De acordo com a agência IP, o documento leva as assinaturas do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, e do ministro da Indústria e Comércio do Paraguai, Francisco Javier Giménez.

Com cerca de mil quilômetros de extensão, a tubulação terá como ponto de partida um trecho de gasoduto já existente em território argentino.

O pré-projeto prevê que o novo ramal comece na Argentina, entre no Paraguai pelo Chaco e chegue ao Mato Grosso do Sul, acompanhando o Corredor Bioceânico. Atualmente, a rodovia principal do Corredor Bioceânico está em processo de construção no Paraguai.

O memorando entre o país vizinho e Mato Grosso do Sul institui um grupo de trabalho para coordenar os estudos do gasoduto.

“Essa equipe técnica vai fazer o primeiro anteprojeto, o estudo de viabilidade do gasoduto”, detalhou o ministro Giménez, citado pela assessoria. “A obra é tripartite: cem quilômetros na Argentina, quinhentos no Paraguai e 450 em Mato Grosso do Sul.”

De acordo com Giménez, não há grandes obstáculos topográficos no caminho, que não abriga grandes montanhas ou rios que dificultem a implantação do gasoduto.

Gasoduto como alternativa econômica

Para o Brasil, receber o gás natural argentino traz vantagens econômicas a setores de alto consumo, como a indústria. Conforme os dados, o gás produzido em Vaca Muerta, na Argentina, tem custo cerca de 30% menor que o produto obtido na Bolívia.

O gasoduto é a opção mais viável e segura para o transporte de grandes quantidades de gás, sendo adotada nas principais economias do mundo. O Paraguai não conta com gasodutos, tendo interesse em investir no modal para beneficiar a própria indústria.

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    Guilherme Wojciechowski

    Guilherme Wojciechowski é colaborador do H2FOZ desde 2021. Acompanha o noticiário da fronteira há duas décadas e cobre editorias como Paraguai, Argentina, Turismo, Esporte, Cultura e Segurança Pública.