A diretoria paraguaia de Itaipu emitiu, nesta semana, a Resolução n.º 238/2025. O documento determina ao grupo coordenador definir os critérios técnicos e jurídicos para a venda das casas ainda pertencentes à usina no Paraguai.
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De acordo com o jornal La Nación, a medida beneficiará moradores dos bairros construídos por Itaipu em Ciudad del Este no final da década de 1970. Atualmente, a usina ainda mantém casas nos bairros Área 1, Área 2, Área 3, Área 4 e Área 8.
A resolução estabelece que o valor de venda dos imóveis levará em conta parâmetros sociais, de forma a não inviabilizar a compra pelos atuais moradores.
“Sabemos que essa é uma reinvidicação, muito justa, de muitos anos. O atual governo do Paraguai está consciente disso e fará todo o possível para atender ao desejo das pessoas”, afirmou o diretor-geral paraguaio de Itaipu, Justo Zacarías Irún.
Conforme a diretoria paraguaia, há previsão de que as primeiras transações possam ocorrer já em 2026. Tal como no lado brasileiro, a empresa não tem interesse em manter os imóveis, que já cumpriram com a função original de abrigar trabalhadores durante as obras da usina.
Ao mobilizar mais de 40 mil brasileiros e paraguaios durante o pico da construção, Itaipu precisou investir em infraestrutura nos dois países.
Em Ciudad del Este, Hernandarias e Presidente Franco, a binacional criou as Áreas, bairros inteiros destinados aos trabalhadores. Em Foz do Iguaçu, as vilas A, B e C surgiram no mesmo período, dotadas de estruturas auxiliares.
No lado brasileiro, Itaipu tem promovido leilões para vender casas desocupadas na Vila A. Ainda na década de 1990, a empresa comercializou as residências situadas na Vila C, bairro que abriga, atualmente, cerca de 20 mil moradores.

