Construindo o futuro de Foz do Iguaçu

O que realmente falta em Foz são projetos identitários que possibilitem grandes avanços.

Apoie! Siga-nos no Google News

Prof. José Afonso de Oliveira  – OPINIÃO

VÍDEO: O que sabemos sobre nós mesmos? Assista à nova história da série Vidas do Iguaçu.

A nossa economia cresceu bastante fortemente centrada no setor de prestação de serviços, especialmente nas áreas de hotelaria e turismo. Infelizmente cresceu muito também a desigualdade social na cidade, onde temos mais de 50 favelas no entorno e dentro do território municipal.

O Mercosul é uma realidade que pouco tem sido concretizada em nossa cidade, com vistas a ampliar ofertas comerciais e exposições para incrementar o comércio com as partes e com o mercado globalizado.

Cresceu muito a oferta de cursos universitários, públicos e privados, atendendo aos mais diferentes setores científicos/tecnológicos, mas ainda persiste a ideia de cada um no seu lugar como que cercado de muros e sem nenhuma comunicação entre as unidades – e, menos ainda, sem projetos efetivos que permitam melhorias para a nossa população.

Contudo, o que realmente falta em Foz são projetos identitários que possibilitem grandes avanços. É ainda comum as pessoas se estabelecerem na cidade por períodos razoavelmente curtos e depois migrarem para outras cidades ou mesmo para os seus locais de origem.

Isso permite que poucos investimentos possam ser realizados na cidade, pois também contamos com problemas de ordem de realização de trabalhos técnicos nas áreas de urbanismo e saneamento.

É preciso criar órgãos de estudos de viabilidade que possam dar conta de encaminhar soluções para os problemas que nos afligem, ao mesmo tempo em que projetem novas perspectivas para a cidade em seu futuro próximo.

É fato que a sociedade, no âmbito geral, mundo afora, está passando por grandes e profundas transformações – e, nesse embalo, Foz do Iguaçu também tem apresentado grandes mudanças recentemente. E temos a necessidade premente de pensarmos agora o que desejamos construir daqui para frente.

Para tanto, essa discussão não pode nem deve ficar restrita a determinados grupos, mas deve ser ampliada tendo por base estudos técnicos que permitam investimentos com grandes retornos para todos os cidadãos. É preciso entender que somos todos brasileiros, porém moramos em Foz do Iguaçu.

José Afonso de Oliveira é sociólogo e professor universitário em Foz do Iguaçu.


Este texto é de responsabilidade do autor/da autora e não reflete necessariamente a opinião do H2FOZ.

LEIA TAMBÉM

Comentários estão fechados.