Já foi dito que a arte não reproduz o que se vê, ela faz ver. Nativo de Foz do Iguaçu, Rogério Silva, em nova intervenção urbana, faz notar cenários icônicos da fronteira e também do Paraná.
O mural tem quase 50 metros de extensão, colorindo um dos muros da Guarda Mirim, organização social que promove cidadania e inserção profissional de adolescentes e jovens. O trabalho do artista dá continuidade a artes realizadas no espaço anteriormente, formando uma galeria a céu a aberto.
São oito imagens em dimensão ampliada, para apreciação das formas, cores e criatividade. As referências de Foz do Iguaçu são a mesquita, a Catedral Nossa Senhora de Guadalupe, que fica na Vila A, a Ponte da Integração e a roda-gigante.
Os símbolos paranaenses são o Jardim Botânico de Curitiba, a “taça” de Vila Velha, o farol da Ilha do Mel e o trem que viaja para o litoral do estado. E, ainda, as representações da arara, araucária e onça-pintada.
Arte urbana
O trabalho está na fase final, devendo ser concluído neste ano. Por qual razão aliar cenários com natureza? “Se há um tema que eu adoro pintar é a natureza: não há como não se apaixonar com a riqueza e diversidade do tema”, explicou o artista.

“É uma honra ter sido convidado a retornar à Guarda Mirim para pintar este novo mural, desafio aceito de braços abertos”, pontuou. “É um presente da instituição para a comunidade e um presente para mim com o convite”, agradeceu Roger.
Arte, vida e luz
A zeladora Zenaide Pereira, que mora no Jardim São Paulo, trabalha perto da Guarda Mirim e pega ônibus todos os dias no ponto de frente para o novo mural. Ao contemplar a arte de Rogério Silva, disse que dá para perceber o amor com que ele compõe.
“Ficou lindo demais, feito com amor, dá para se notar nos detalhes. Mudou o lugar, pois a arte nunca morre, deixa tudo mais agradável, traz vida, luz e cor”, opinou.
E uma das imagens chamou atenção da moradora iguaçuense. “Até hoje, não conheço pessoalmente a Catedral Guadalupe. Olhando para o desenho, agora me deu vontade de ir lá visitar”, revelou. Para finalizar, exaltou a criatividade dos artistas da cidade. “Foz do Iguaçu tem muitos talentos que precisam ser reconhecidos”, ponderou.
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