Uma moradora de Foz do Iguaçu, de 46 anos, técnica de enfermagem, cobra agilidade no atendimento da saúde municipal. Com cateter no rim, por causa de obstrução no ureter, ela vem sofrendo dores e sangramento há dias, tendo recorrido várias vezes à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Morumbi, sem solução para o problema.
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Por ser da área, ela pede a realização de exames, para identificar a causa do sangramento, ou internação hospitalar. Questionada pelo H2FOZ, a prefeitura afirma ter agendado procedimento no Hospital Municipal Padre Germano Lauck (veja abaixo).
A última vez que procurou a unidade foi na sexta-feira, 25. “São dores terríveis e muito sangramento. Fui atendida, mas a mesma ladainha. Me passaram antibiótico e me mandaram para casa. Já fui umas dez vezes à UPA, mas a dor e o sangramento continuam”, salienta.
Saúde
A moradora do Porto Meira, que precisa deslocar-se até o Morumbi para o atendimento, colocou o cateter duplo J em abril, procedimento que já feito anteriormente. “A primeira vez, eu quase morri, tive uma parada em casa, porque já estava com sepse [infecção generalizada]”, relata.
Naquela ocasião, prossegue, “me medicavam e mandavam para casa”, tendo sido socorrida pelo SAMU.
Para controlar a dor em casa, a paciente utiliza paracetamol e buscopan, administrados juntos, a cada seis horas. À reportagem, relatou que está na fila para retirar o cateter, sem previsão.
O que diz a prefeitura
Sobre o caso da paciente, a gestão municipal expôs em nota, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, que nas UPAs o fluxo assistencial para pacientes com dor decorrente de condições urológicas, com uso de cateter, é voltado principalmente ao controle dos sintomas, especialmente da dor. “Nessas situações, é comum a realização de analgesia e exames laboratoriais básicos (sangue e urina) para avaliação imediata do quadro clínico”, pontua.
Os “achados laboratoriais” não encontraram sinais de infecção sistêmica ou comprometimento da função renal que justificassem internação hospitalar, de acordo com a prefeitura. A conduta foi o controle da dor e orientação quanto ao seguimento ambulatorial.
A administração informa que o procedimento cirúrgico da paciente será realizado no Hospital Municipal e que “todas as etapas do pré-operatório já foram iniciadas, incluindo a realização dos exames e o agendamento da consulta com o anestesista, marcada para o dia 07 de agosto”. O atendimento nas UPAs permanece indicado exclusivamente para controle da dor em episódios agudos.
A nota diz ainda que secretaria “se compadece pela dor enfrentada pela paciente e compreende a angústia que esse quadro pode causar”. Mas que o “tratamento definitivo para a condição relatada depende da realização do procedimento cirúrgico já indicado, o qual se encontra em estágio avançado de preparação”, cita o posicionamento da prefeitura.
Vamos aguardar para verificar se realmente os trâmites da cirurgia serão iniciados dia 07/08. Nós familiares, esperamos que sim. Temos visto dia após dia o sofrimento dela, com dores intensas.