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História

Conhecer e compreender a cidade

Foz ganha acervo histórico: Museu da Imprensa reforça memória e cidadania

São 20 mil páginas de jornais e revistas de Foz do Iguaçu, datadas a partir de 1953, para acesso público e gratuito online. Visite.

5 min de leitura
Foz ganha acervo histórico: Museu da Imprensa reforça memória e cidadania
Comunidade prestigiou o lançamento do Museu da Imprensa, em evento marcado por homenagens — foto: Roberto Lemos/Museu da Imprensa

O Museu da Imprensa de Foz do Iguaçu abriu o acervo digital para acesso público e gratuito, reforçando a importância da preservação da memória e da história como pilar da cidadania. O lançamento foi marcado por homenagens e reconhecimentos, nessa quarta-feira, 26, no Mercado Público Barrageiro.

São quase 20 mil páginas de jornais, revistas e publicações editadas ao longo de seis décadas, entre 1953 e 2019, que retratam fatos, personagens e anseios que expressam a dinâmica da cidade em diferentes períodos históricos. O acervo está disponível em museudaimprensafoz.com.br. A iniciativa é da Associação Guatá — Cultura em Movimento, com apoio da Itaipu Binacional.

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O evento reuniu depoimentos e resgates feitos por pessoas ligadas aos jornais antigos que integram o acervo: Salmir Lobato, filho de João Lobato, proprietário de A Notícia, da década de 1950; Pedro Cristo, filho de Ignez Sanchez de Cristo, proprietária do Mini Informativo; Hamilton Mito Luiz Machado Nunes, filho de Almir Nunes, proprietário do Jornal de Foz; Aluízio Palmar, do Nosso Tempo; e Rogério Bonato, do Diário da Cidade.

Decano da imprensa local, o jornalista Chico de Alencar recebeu homenagem in memoriam, com texto lido pela filha, Adriana Vecchi de Alencar, reconhecimento extensivo a todos os profissionais da imprensa. Juvêncio Mazzarollo, um dos editores do Nosso Tempo, foi lembrado com a exibição de um trecho de documentário. Nadir Almeida, o “Chula”, representou gráficos, diagramadores e revisores, essenciais na produção jornalística.

Museu disponibiliza acesso a cerca de 20 mil páginas de jornais e revistas de Foz — foto: Roberto Lemos

Ampliando o leque da memória coletiva iguaçuense, a importância dos operários que construíram a usina para Foz do Iguaçu foi simbolizada na memória do barrageiro Geraldo “Feijão” de Andrade, falecido neste ano. Pioneiros da cidade e seus familiares também foram homenageados por meio do grupo Causos de Foz, que é mediado por Rita Araújo.

“Em nome da família, fico orgulhoso e feliz com este museu virtual, que permanecerá acessível a todos, e parabenizo pelo trabalho”, afirmou Salmir Lobato, em depoimento em vídeo. “E que em breve o projeto também possa virar um museu [físico] da cidade”, completou.

Memória, cidadania e pesquisa

O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, enfatizou a importância do museu como instrumento de cidadania e conscientização para valores democráticos. “Resgatar e manter viva a nossa história é um trabalho fundamental, e a partir dela projetar o futuro. Por isso, é um grande prazer fazer parte desse projeto.”

Enio Verri: memória como elemento de cidadania — foto: Roberto Lemos

A reitora da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), Diana Araujo Pereira, destacou a relevância de construir equipamentos locais de memória e história. “Temos agora um Museu da Imprensa qualificado, com material valiosíssimo para toda a cidadania e para a pesquisa acadêmica”, afirmou.

Diana Araujo Pereira: fonte para consulta pela comunidade e universidades — foto: Roberto Lemos

Conhecer e compreender

O Museu da Imprensa nasce com o propósito de contribuir para o resgate, a valorização e a promoção do patrimônio histórico e cultural de Foz do Iguaçu, somando-se a outras iniciativas realizadas pela comunidade. Como espaço vivo, poderá incorporar novos acervos e títulos.

Alexandre Palmar: ferramenta para conhecer e compreender melhor a cidade — foto: Roberto Lemos

“O projeto rende homenagem a todos os profissionais da imprensa e às pessoas de alguma forma ligadas à comunicação”, destacou Alexandre Palmar, presidente da Guatá e coordenador do Museu da Imprensa. “Mas, sobretudo, queremos estimular que o morador de Foz do Iguaçu utilize essa ferramenta para conhecer e compreender melhor a cidade, leitura que certamente ajuda a interpretar o presente e pensar o futuro.”

Acervo

A primeira coleção disponível reúne 21 títulos digitalizados, totalizando 1.009 edições e mais de 18,6 mil páginas. Os veículos são os jornais A Notícia, O Trabalhador, O Jornal de Foz, Mini Informativo, Binacional, Hoje Foz, Informativo Unicon, Nosso Tempo, Pensamento Acadêmico, Diário da Cidade, Ponte Tancredo Neves, Canal de Aproximação, Mega News, Ponte da Amizade, Jornal de Itaipu e Jornal dos Bairros, além das revistas da Aculfi/Cabeza, Fitur, Mosaicos e Escrita, e do livro Foz do Iguaçu Retratos.

Equipe de profissionais atuantes no projeto — foto: Roberto Lemos

Projeto da Guatá, com apoio da Itaipu Binacional, o Museu da Imprensa conta com apoio institucional do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná, Kunda Livraria, Associação dos Diários e Portais do Interior do Paraná (ADI-PR), Folha de Londrina, Associação Nosotros e Documentos Revelados.

Museu da Imprensa de Foz do Iguaçu
Acesse: www.museudaimprensafoz.com.br
Siga: @museudaimprensafoz

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https://chat.whatsapp.com/CSurBq3JBozGLRAN0aUfyI

(Com informações da assessoria)

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    Paulo Bogler

    Paulo Bogler é repórter do H2FOZ. Com enfoque em pautas comunitárias, atua na cobertura de temas relacionados à cidade, política, cidadania, desenvolvimento e cultura local. Tem interesse em promover histórias, vozes e o cotidiano da população. E-mail: bogler@h2foz.com.br.