Câmara decide sobre nova representação contra Galhardo nesta terça

Votação será pela admissibilidade ou não da denúncia de “rachadinha” e “funcionária fantasma”; vereador diz que acusação é política e “não procede”.

A Câmara de Vereadores votará, em sessão ordinária a ser realizada nesta terça-feira, 9, a admissibilidade ou não de nova representação contra o vereador Admilson Galhardo (Republicanos) sobre “rachadinha” e manutenção de “funcionária fantasma”. O parlamentar diz que a acusação não procede e está relacionada às eleições.

O documento é assinado pelo gerente de marketing Felipe Gabriel Menger Alves e o jornalista Edenilson Alves de Queiroz Júnior. A acusação guarda relação com a representação contra Galhardo rejeitada pela Câmara em abril deste ano, que o acusava de ficar com parte do dinheiro de assessor, tendo o advogado Maiksuell Lima da Silva como signatário.

Os denunciantes dizem que agora é o próprio ex-assessor, Felipe, que atua na denúncia, à qual teria adicionado provas. Sustentam, também, haver o fato novo correspondente à assistente parlamentar que teria sido nomeada ao cargo público como uma espécie de compensação por doação à campanha eleitoral de Galhardo, em 2020, supostamente realizada por um familiar.

“O enredo prestes de ser contado poderia surpreender desde Shakespeare, em Hamlet, até o Fantasma da Ópera, de Gaston Leroux”, abrem assim os denunciantes o documento de mais de 70 páginas. Na peça jurídica protocolada no Legislativo, Felipe e Edenilson são representados pelos advogados Maiksuell Lima da Silva e Lougan Cardoso.

“Essas denúncias não procedem”, afirmou o vereador Galhardo no Dois em Um, programa do H2FOZ e Rádio Clube FM sobre as Eleições 2022. “Fui achincalhado, atribuindo a mim uma série de situações que estão sendo tomadas as providências necessárias. Isso aconteceu quando saiu meu nome com pré-candidato e agora também”, disse.

A representação pede a abertura de comissão processante pelos vereadores e, dentro do procedimento legal, a responsabilização de Galhardo pelas imputações narradas no documento. Os autores requerem a cassação do vereador, em votação no plenário legislativo, de forma nominal e aberta.

O que diz a Câmara

Em comunicado à imprensa, a Câmara de Vereadores confirmou que a denúncia será lida na sessão desta terça-feira, antes dos pareceres aos projetos e requerimentos em pauta. “Os vereadores votarão pela admissibilidade ou não. Votação essa que acontece por maioria dos presentes”, informou o Legislativo.