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Política

Carreata em Foz do Iguaçu pede voto impresso nas eleições do ano que vem

Movimento concentrou-se no Gramadão da Vila A e seguiu pelas avenidas centrais, integrando uma agenda de atos em várias cidades do país.

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Carreata em Foz do Iguaçu pede voto impresso nas eleições do ano que vem
Na carreata, veículo com a inscrição a favor do voto impresso - Foto: Marcos Labanca
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Movimento concentrou-se no Gramadão da Vila A e seguiu pelas avenidas centrais, integrando uma agenda de atos em várias cidades do país.

Voto impresso e contagem pública do escrutínio foram a principal pauta de carreata em Foz do Iguaçu, na manhã deste domingo, 1º, incorporada a uma agenda de mobilizações com o mesmo pedido, promovida em várias cidades do país. A concentração foi no Gramadão da Vila A e seguiu pelas principais avenidas até o centro.

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Os participantes demonstraram apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e fizeram críticas principalmente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foram realizadas falas públicas e reproduzidas gravações em defesa do voto impresso, juntamente com críticas ao sistema eleitoral eletrônico vigente no país.

Carreata saiu do Gramadão, passou pela Avenida Paraná e terminou no centro – Foto: Marcos Labanca

Na manifestação convocada pelas redes sociais não faltaram bandeiras nacionais e o hino oficial brasileiro. Faixas e cartazes expressavam frases como: “Todo o poder emana do voto do povo” e “A liberdade e a democracia no Brasil estão em jogo”, vinculadas ao pedido de votação impressa nas eleições do próximo ano.

O odontólogo Ranieri Marchioro explicou que o objetivo não é instituir voto em cédula nem abolir a urna eletrônica, mas a “melhoria no processo eleitoral através da emissão de um voto impresso”. Assim, justificou, o eleitor poderá conferir a votação, em processo chamado por ele de “voto democrático que nosso presidente Bolsonaro tem insistido”.

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Ao microfone, o odontólogo Ranieri Marchioro defendeu a pauta do movimento – Foto: Marcos Labanca

“No final do dia, na seção eleitoral, queremos a contagem pública dos votos”, completou. “Ou seja, vai sair um boletim da urna eletrônica, que é rápido e ágil. Mas nós queremos conferir se dentro da urna lacrada os votos batem”, falou Ranieri, antes da saída do comboio de carros, motocicletas, jipes e caminhões que lembram veículos militares.

Presente à carreata, o técnico eletricista Luis Cláudio Fonseca, 46 anos, afirmou que defende a transparência. “Quando o voto não é transparente, não é válido. É por isso que estamos brigando hoje aqui: pelo voto impresso, auditável e com contagem pública, para que nossos votos sejam válidos”, declarou.

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Luis Cláudio Fonseca: “Quando o voto não é transparente, não é válido” – Foto: Marcos Labanca

Principal defensor do voto impresso, Jair Bolsonaro argumentou a favor desse mecanismo em live presidencial na última quinta-feira, 29. Na transmissão, não apresentou provas, como havia anunciado, de eventuais fraudes no sistema eleitoral e desafiou: “Os que me acusam de não apresentar provas, eu devolvo a acusação. Me apresentem provas [de que a urna eletrônica] não é fraudável”.

Voto seguro e auditável

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, tem se manifestado para defender a segurança da urna eletrônica, ressaltando que a impressão do voto seria um retrocesso. O ministro reforça que nunca foi constatada fraude nas eleições eletrônicas e nenhuma alegação de irregularidade conteve prova.

Em um evento público semana passada, frisou que “voto impresso não é mecanismo de auditoria, pela singela razão de que o voto impresso é menos seguro do que o voto eletrônico”, enfatizou. “Você não cria mecanismo de auditoria menos seguro do que o objeto que está sendo auditado”, disse Luís Roberto Barroso.

A Justiça Eleitoral considera a votação eletrônica brasileira 100% segura, desde a fabricação das urnas à votação e transmissão dos resultados. O sistema é auditável, inclusive já tendo passado por auditorias, e o processo de fiscalização pode ser realizado por eleitores, candidatos e partidos políticos, além do trabalho de instituições como Ministério Público e Polícia Federal.

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