O Censo 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), identificou que Foz do Iguaçu possui mais de 13 mil pessoas com algum tipo de deficiência. Desse total, quase três mil moradores relataram ao levantamento que enfrentam dificuldade permanente para ouvir, mesmo usando aparelhos auditivos.
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Desde 1983, a Associação de Pais e Amigos dos Surdos de Foz do Iguaçu (APASFI) acolhe essa parcela da população. A entidade se destaca como pioneira no atendimento e na educação de pessoas surdas na Região Oeste do Paraná. A associação oferece educação infantil e ensino fundamental. Além disso, atua no acompanhamento dos alunos com cursos extracurriculares após o ensino médio.
Marta de Fátima da Silva, diretora da Escola Bilíngue para Surdos/APASFI, lembra que Foz foi uma das primeiras cidades do Paraná a aprovar a Lei de Libras. Ademais, ela informa que hoje a cidade conta com intérpretes de Libras na Câmara de Vereadores e na Secretaria de Educação. “A APASFI e as pessoas surdas buscam os melhores processos para garantir acessibilidade ao conhecimento, à informação e aos serviços públicos para as pessoas surdas”, esclarece.
A diretora também enfatiza que a APASFI aproveita as oportunidades oferecidas pelos meios de comunicação. Dessa maneira, a entidade atua na promoção de palestras em clubes de serviço, universidades, cursos de formação docente e outros espaços públicos.
Sobre o preconceito, ela fala que a sociedade ainda apresenta resistência, principalmente por falta de conhecimento e informação.