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Reportagem Especial

Os recantos quase secretos do Parque Nacional do Iguaçu na Região Oeste

Unidade de conservação tem passeios gratuitos que encantam pela beleza e proximidade com a natureza

6 min de leitura
A Trilha da Onça fica na região de Serranópolis do Iguaçu. Foto: ICMBio

Não são apenas as grandes cachoeiras, as Cataratas do Iguaçu, que causam encantamento em quem visita o Parque Nacional do Iguaçu. A reserva verde tem no entorno trilhas ainda pouco conhecidas que vale a pena percorrer.

São atrativos situados em cidades da Região Oeste que permitem à população interagir de perto com a exuberância natural da unidade de conservação. Pássaros, plantas, flores e as mais lindas quedas-d’água. E o melhor de tudo, a maioria tem entrada gratuita.

Pedalando ou caminhando, convidamos os leitores do H2FOZ a conhecer um pouco de cada recanto.

Trilha da Onça (Serranópolis do Iguaçu)

A Trilha da Onça fica na região de Serranópolis do Iguaçu. Foto: ICMBio

Em Serranópolis do Iguaçu, em área próxima à antiga Estrada do Colono, existe um percurso batizado de Trilha da Onça. São nove quilômetros de extensão que servem para pedalar ou caminhar.

A trilha conta com um portal de entrada e já é bastante frequentada por ciclistas de comunidades locais. No caminho, além das belezas da fauna e flora, há árvores grandes com vegetação fechada e duas cachoeiras.

O plano do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) é instalar uma ponte e ampliar a trilha conectando-a a outra existente no Rancho Jaguarete, em São Miguel do Iguaçu, e ao Quilombo Apepu, explicam Vitor Barbato e Brunna Rolim, que fazem parte da Assessoria de Uso Público e Gestão Socioambiental do ICMBio.  A Trilha da Onça foi a primeira sinalizada como Caminho do Peabiru, uma antiga rota que era usadas por índios. O acesso é gratuito. 

Trilha do Apepu (São Miguel do Iguaçu)

Trecho da Trilha Apepu. Foto Vitor Barbato/ICMBio


São duas trilhas, uma para pedalar e outra para caminhar. Ambas começam no mesmo ponto, separam-se e mais à frente se conectam em direção ao Rio Iguaçu.

O percurso tem 2,7 quilômetros com bosques, banhados e o Rio Apepu. A trilha termina na porta do Quilombo Apepu, em São Miguel do Iguaçu.

Atualmente, a trilha está recebendo as últimas adequações de manejo e tem previsão para abrir ainda neste mês.

A entrada da trilha fica em frente ao Quilombo Apepu, em São Miguel do Iguaçu. Outra surpresa do circuito é uma trilha aquática que sai do quilombo e termina com o desembarque de caiaques no encontro dos rios Índio e Tenente João Gualberto. 

Polo Rio Azul  (Céu Azul)

As belas paisagens fazem parte da Ecotrilha Manoel Gomes. Foto: Vitor Barbato/ICMBIo


O Polo Rio Azul é uma área do Parque Nacional do Iguaçu situada no município de Céu Azul. Surgiu, inicialmente, como ponto de fiscalização e agora foi transformado em uso público.

No local há base para alojar pesquisadores e brigadistas, além de várias trilhas. Para acessar o espaço, o visitante precisa entrar pela BR-277, à direita para quem sai de Foz do Iguaçu.

A trilha do polo tem 800 metros. Lá é possível fazer apenas caminhadas. Bastante conhecido por quem mora em Céu Azul, o local também conta com uma academia ao ar livre.

Outra opção de ecoturismo é a Ecotrilha do Manuel Gomes, bastante visitada durante excursões de escolas. São 845 metros com direito à vista da represa do Manuel Gomes, local onde a comunidade tinha costume de lavar roupas e buscar água.

Há também a Trilha das Perobas, com 2,6 quilômetros. O caminho, mais fechado e rústico, passa por alguns córregos e chama atenção pela presença de perobas centenárias. Lá, há duas cachoeiras convidativas para tomar aquele banho.  

Em outro ponto, encontra-se uma trilha de seis a sete quilômetros bastante usada em épocas passadas. Nessa rota está uma das cachoeiras mais lindas do parque, a Cachoeira do Rio Azul, com vários degraus. É a trilha mais rústica do polo.

As trilhas vão receber investimento de infraestrutura, manejo e sinalização. Também está prevista a instalação de um portão de entrada nessa área do parque.

Polo Ilhas do Iguaçu e Foz do Gonçalves Dias (Capanema)

Cachoeira Silva Jardim mostra exuberância de água. Foto: Vitor Barbato/ ICMBio


Nesta área do parque, há passeios náuticos no Rio Iguaçu e trilha de quatro quilômetros de acesso a uma cachoeira.

Outro percurso existente é a Trilha do Silva, com 2,6 quilômetros. Caminhando por ela você chega a uma queda-d’água de 60 metros de extensão que abriga os andorinhões das Cataratas que fazem revoadas.

Esse ponto é uma das regiões mais preservadas do parque, porque não há histórico de moradias e intervenção.

Na mesma área também fica o Porto Lupião, onde as concessionárias Macuco Safari e Três Fronteiras ofertam passeios. No porto está instalado o Parque Municipal Natural Marcelino Ampessan. 

Outra trilha presente é a da Taquara, com 500 metros, cujo percurso termina em uma cachoeira. O ICMBio tem planos de ampliar o caminho.

Trilha da Escola Parque (Foz do Iguaçu)

Barragem do Rio São João. Foto: Denise Paro

É a trilha mais estruturada, de fácil acesso. Ao entrar no parque, você pode caminhar pela trilha e se quiser pode continuar o passeio, até as Cataratas, de ônibus, parando em um ponto para entrar no coletivo. Durante o caminho pela trilha, passa-se pela barragem da antiga Usina São João e, caminhando ou pedalando um pouco mais, chega-se à Escola Parque. 

Trilha e Caminho da Canafístula (Foz do Iguaçu)

Trilha é opção de caminhada com belas paisagens. Foto: Vitor Barbato/ICMBio


Com dois quilômetros, é a trilha mais rústica e fechada, principalmente na parte inicial. Pode ser percorrida de bicicleta ou a pé. O caminho margeia o Rio São João e se conecta até a base de pesquisadores chamada Peter Crawshaw, situada no Poço Preto, onde há também uma casa de hóspedes.

O Poço Preto é outra trilha do parque, com nove quilômetros. Em reforma, é indicada para observação de aves.

Trilha dos Escaladores (Foz do Iguaçu)

Aberta apenas para escaladores, a trilha tem 400 metros e dá acesso ao cânion do Rio Iguaçu. Percorrendo mais um quilômetro de rafting, você chega à base do Macuco Safari.

Birdwatching (Foz do Iguaçu)

Atividade de observação de pássaros. Atualmente há 23 profissionais credenciados como condutores especializados para acompanhar turistas e interessados. Os profissionais podem entrar a qualquer horário no Parque Nacional do Iguaçu, desde que seja feito agendamento prévio.

Obs.: o acesso às trilhas de Foz é feito pelo portão de entrada principal do parque. Por isso é necessário adquirir o ingresso de visitação.

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Denise Paro

Denise Paro é jornalista pela UEL e doutoranda em Integração Contemporânea na América Latina. Atua há mais de duas décadas nas Três Fronteiras e tem experiência em reportagens especias. E-mail: deniseparo@h2foz.com.br