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Reportagem Especial

Consciência negra

Professora antirracista dentro e fora da sala de aula

Aline Torres estimula o enfrentamento ao racismo na escola e na sociedade; uma das ferramentas é o experimento social, que choca pela realidade. Assista à entrevista.

2 min de leitura
Professora antirracista dentro e fora da sala de aula
A eliminação do racismo é responsabilidade de todos, defente a professora - foto: Marcos Labanca/H2FOZ

Vídeo e edição: Marcos Labanca

Professora de escola pública há 15 anos, Aline Torres é antirracista dentro e fora da sala de aula. Como docente, promove a discussão sobre o racismo estrutural no ambiente escolar, incentivando os estudantes em projetos que promovam a reflexão e a ação. Além dos muros escolares, é cidadã e militante por igualdade racial.

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ASSISTA:

Para a professora de História, não é possível compreender o país e suas desigualdades atuais sem olhar para o passado escravagista e a dívida que permanece. “Nossa sociedade naturalizou a ausência de pessoas negras em espaços de poder — um reflexo direto da herança escravocrata”, pontua.

Na entrevista, aborda a importância das cotas raciais e a obrigatoriedade do ensino da cultura e da história de matriz africana, o que está longe de ser realidade efetiva. Refaz a sua própria história e conta como se percebeu uma mulher preta e o despertar para a consciência de que deve ser uma agente contra o racismo em tempo integral.

Professora antirracista

A professora Aline insere o dedo na ferida dos privilégios. “Não basta não ser racista, é preciso agir de forma antirracista para enfrentar desigualdades que se reproduzem há séculos. A cor da pele ainda determina quem ocupa os cargos mais precarizados e quem raramente chega às posições de liderança.”

É dessa vivência que nasce o experimento social realizado com estudantes de escolas públicas. A atividade imersiva recria situações de violência simbólica e estrutural, em que cada pessoa faz o percurso da exposição ouvindo xingamentos em um fone. E se depara com imagens que foram instaladas para chocar. E dados, muitos dados, revelam cruamente como as desigualdades e violências afetam a população negra.

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    Paulo Bogler

    Paulo Bogler é repórter do H2FOZ. Com enfoque em pautas comunitárias, atua na cobertura de temas relacionados à cidade, política, cidadania, desenvolvimento e cultura local. Tem interesse em promover histórias, vozes e o cotidiano da população. E-mail: bogler@h2foz.com.br.