Colégio estadual em Foz registra casos de covid-19 em professora e aluna

Educadora de escola que retomou aulas presenciais teve contato com uma aluna infectada, de acordo com a entidade que representa a categoria.

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Educadora de escola que retomou aulas presenciais teve contato com uma aluna infectada, de acordo com a entidade que representa a categoria.

Professora e aluna do Colégio Estadual Jorge Schimmelpfeng foram diagnosticadas com covid-19. A instituição em Foz do Iguaçu retomou as aulas presenciais, que foram autorizadas pelo Governo do Paraná, com mediação do Núcleo Regional de Educação (NRE).

A educadora teve contato com uma aluna infectada pelo novo coronavírus. Após sentir sintomas, a profissional realizou o teste que comprovou a doença. Não houve orientação à escola para fechá-la preventivamente ou suspender as aulas, apenas para fazer o “rastreamento” da condição dos alunos.

A ocorrência de covid-19 na comunidade escolar comprova o que educadores e especialistas vêm reiterando: não há protocolos seguros para a reabertura dos colégios para o ensino. Neste momento, as cidades do Paraná enfrentam a aceleração da doença. Em Foz do Iguaçu, oito estabelecimentos de ensino retomaram as aulas presenciais; na região, são 28 ao todo.

“Educadores, estudantes e suas famílias estão expostos, correm o risco de adoecer e até perder a vida”, frisa o presidente da APP-Sindicato/Foz, Diego Valdez. “Como os governos permitem aulas presenciais na pior fase da pandemia, com alta nos contágios e elevada ocupação hospitalar?”, questiona.

Para Diego, reabrir escolas para aulas, além de promover um espaço a mais de contaminação e elevar a circulação de pessoas, transmite uma mensagem dúbia à população. “Passa a falsa ideia de que a situação está sob controle, o que resulta em negação ou relaxamento dos cuidados”, frisa.

Aceleração da doença em Foz e região

O educador relembra que a situação nas cidades da área de abrangência da 9ª Regional de Saúde, que reúne Foz do Iguaçu e Medianeira, as mais populosas na microrregião, levou gestores locais a adotar medidas restritivas. Mas as escolas permanecem abertas.

“São restrições parciais, que têm efeito limitado e provisório, basta olharmos para o cenário recente”, reflete Diego. “Os prefeitos têm a condição de promover ações mais contundentes, incluindo a suspensão das aulas. São nas cidades, afinal, onde as pessoas sofrem com a pandemia e buscam atendimento”, completa.

Plano de volta às aulas

Ao anunciar o retorno gradual às aulas presenciais em 200 colégios estaduais paranaenses, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) afirmou que as instituições estavam preparadas para o retomada. O órgão informou que as atividades voltariam paralelamente à vacinação dos profissionais da educação.

A Seed ressaltou que os alunos que optarem por não ir às aulas presencialmente continuarão no ensino remoto, que inclui as plataformas digitais do Aula Paraná, videoaulas no YouTube e TV aberta, além do kit pedagógico impresso.

Na ocasião, o órgão afirmou que Governo do Paraná investiu cerca de R$ 60 milhões em infraestrutura escolar no primeiro trimestre de 2021. Ao todo 124 obras foram iniciadas, contratadas ou concluídas.

O modelo de ensino instituído foi o híbrido, com parte dos alunos em sala de aula e parte em ensino remoto, assistindo às aulas ao vivo. “Os espaços estão equipados com computadores e internet, possibilitando que os professores interajam com ambos os grupos de estudantes ao mesmo tempo”, destacou a Seed.

(Assessoria com Seed)

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