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Coronavírus

Em alerta vermelho, Paraguai tem recorde de casos de covid, que mata até os mais jovens

Os números da pandemia se agravaram nos últimos dias. Houve recorde de casos seguidos, desde o início desta semana.

3 min de leitura
Preocupação da Saúde Pública é com superlotação dos hospitais. Foto Agência IP

Pela primeira vez, o Paraguai superou mais de 2 mil casos em 24 horas. No informe de terça-feira, 9, o Ministério de Saúde Pública registrou 2.125 casos positivos, o que elevou o total da pandemia, até agora, para 171.985 contagiados.

Outras 17 pessoas morreram, e o total passou para 3.360 vítimas. O detalhe é que, nos últimos informes, tem aumentado o número de óbitos de pessoas mais jovens. Das 17 pessoas que morreram nas 24 horas de terça para quarta-feira, 9, quatro tinham idades entre 20 e 39 anos; sete, entre 40 e 59 anos; e 14 tinham 60 anos ou mais.

“Se no início os falecidos eram só pessoas da terceira idade, nos últimos temos aumentou consideravelmente a cifra de pessoas relativamente jovens que perderam a vida por causa do vírus”, destaca o jornal La Nación.

ALERTA VERMELHO

Desde o início da semana, o Paraguai está em alerta vermelho “devido ao aumento sustentável e recorde de contágios por covid-19 registrados nos últimos dias”, como anunciou a Diretoria de Vigilância da Saúde.

Nos últimos oito dias, foram registrados 10.635 casos e 142 mortes, o que dá uma média diária, respectivamente, de 1.329 casos e 18 óbitos.

Outro recorde é do número de internados: há 1.250 pacientes hospitalizados, dos quais 324 estão em unidades de terapia intensiva. O Paraguai conta com 304 leitos de UTI nos hospitais públicos e 202 nos hospitais privados, de acordo com a agência de notícias alemã DW.

O custo de um leito em hospital particular é de US$ 5 mil por dia, que o governo precisa pagar quando não tem leitos para oferecer.

Ao anunciar o alerta vermelho, a Vigilância de Saúde do Paraguai pediu à população que observe as medidas sanitárias, como distanciamento social, uso de máscaras, lavagem de mãos com sabão e manutenção dos ambientes bem ventilados, advertindo que “nas próximas duas semanas poderá ocorrer uma iminente sobrecarga nos hospitais”.

CIUDAD DEL ESTE

O “mapa de risco” de covid-19 no Paraguai mostra que, nos últimos 14 dias, houve alta incidência de casos na capital, Assunção, e nos municípios de Ayolas, Caazapá, Concepción, Encarnación, Lambaré, Obligado, Pilar, San Bernardino, San Ignacio, San Juan Bautista, San Lorenzo e Villa Elisa.

Segundo o Ministério de Saúde Pública, “Ciudad del Este apresenta uma ativa segunda onda da epidemia, e em alta”, e deve ser considerada uma área para fortalecer as medidas de prevenção.

O governo do presidente Mario Abdo Benítez é alvo de manifestações públicas exatamente por não conseguir ter dado uma resposta eficiente à crise da pandemia. Hospitais públicos não contam com medicamentos e insumos necessários e o país não teve resultado positivo na busca de vacinas.

Mesmo com a elevação dos casos e dos óbitos, nos últimos dias, a situação sanitária do Paraguai é bem melhor do que a do Brasil e da Argentina, por exemplo. O grave problema é que o país não está preparado para esta segunda onda da pandemia, com hospitais lotados e falta de recursos em todas as áreas de atendimento à saúde.

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