Iguaçuenses têm medo da covid-19, mas 23% não pretendem vacinar-se contra a doença

Dados são de pesquisa da Prefeitura de Foz do Iguaçu sobre como a população percebe a pandemia.

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Dados são de pesquisa da Prefeitura de Foz do Iguaçu sobre como a população percebe a pandemia. Veja o estudo na íntegra. 

Cerca de um entre quatro iguaçuenses não pretende receber a vacina contra a covid-19, caso o imunizante seja ofertado pelos serviços de saúde. O dado integra pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 14, pela Prefeitura de Foz do Iguaçu, sobre a percepção do munícipe em relação à pandemia.

Segundo o levantamento, 23,7% dos moradores da cidade afirmaram que não pretendem vacinar-se. Os que deverão recorrer às doses vacinais, ainda em desenvolvimento no país, são a maioria, 67,1%. Entre os entrevistados, 9,3% não sabem ou não opinaram sobre essa pergunta.

Acerca do uso compulsório ou não do medicamento preventivo, 58% dos iguaçuenses defendem que a vacina contra a covid-19 deva ser obrigatória. Já 39% responderam ser contrários à obrigatoriedade, e 2,9% não opinaram.

Criticado por governadores e cobrado por prefeitos, o governo federal apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma proposta para a operacionalização da vacinação em âmbito nacional. O documento não indica data para o início da imunização em massa.

Pela informação à corte, o governo diz ter garantido a compra de 300 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 por meio de três acordos. Essas tratativas seriam, conforme a Agência Brasil, com a Fiocruz/AstraZeneca, Covax Facility e Pfizer.

Não há prazo para o início da vacinação no país – foto Agência Brasil/Reuters

Medo da doença

Conforme os dados apurados pela pesquisa encomendada pela prefeitura, 40% dos iguaçuenses têm muito medo de ser infectados pelo novo coronavírus; 36,8% têm um pouco de medo; e 22,7% disseram não ter medo. Sobre esse tema, 0,5% não sabe ou não opinou.

A maioria dos entrevistados (82,2%), mostra o levantamento, disse que as condições da pandemia de covid-19 estão ficando piores em Foz do Iguaçu, ante 8,8% que afirmaram que a situação segue igual. Apenas 6,6% dos entrevistados consideram ter havido melhora, e 2,4% não sabem ou não opinaram.

Pelas informações da pesquisa, a comunidade aprova as medidas restritivas a determinadas atividades. Dos entrevistados, 54,9% concordam totalmente e 17,8% aprovam parcialmente. Os que discordam totalmente somam 9%, e 5,1% discordam em parte. Já 1,5% não sabe ou não opinou.

Volta às aulas 

Dos pais e mães de crianças em idade escolar ouvidos pela pesquisa, 72,5% responderam ser contra a volta de aulas presenciais antes que toda a população seja vacinada. São favoráveis ao retorno às atividades educativas nas escolas 23,8% deles, e 3,7% não têm opinião formada sobre o tema.

Não se sentem nada seguros para ir a escolas ou faculdades 43,9% dos entrevistados, e 15,6% responderam que se sentem pouco seguros. Os que percebem muita segurança são 5,9% dos participantes da consulta, e 34,6% não opinaram em relação à educação presencial na pandemia.

Em Foz, mais de 16 mil pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus; 222 morreram – Foto Marcos Labanca

Atividades e espaços 

Quanto à percepção de segurança da população em relação a diferentes espaços, a pesquisa apontou:

Sair para trabalhar

– 32,4% se sentem nada seguros;
– 27,8%, um pouco seguros;
– 25,6%, muito seguros; e
– 14,1% não sabem ou não opinaram.

Frequentar bares e restaurantes

– 50% se sentem nada seguros;
– 15,6%, um pouco seguros;
– 7,6%, muito seguros; e
– 26,8% não emitiram opinião.

Ir a shoppings e comércio

– 43,2% não se sentem nada seguros;
– 18,5% se sentem muito seguros;
– 33,9%, um pouco seguros; e
– 4,4% não opinaram.

Sobre o estudo

De acordo com a prefeitura, o levantamento foi realizado, entre os dias 6 e 8 de dezembro, com 1.200 pessoas maiores de 16 anos, de todas as regiões da cidade. Aplicados pelo Instituto Opinião, os questionários continham perguntas abertas e fechadas, e abordagem domiciliar. A margem de erro é de 2,82%, com intervalo de confiança de 95%.

Clique para ver a íntegra da pesquisa.

(Com informações da Agência Municipal de Notícias e Agência Brasil)

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