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Saúde

Doença rara

Curta lançado em Foz do Iguaçu aborda melanoma uveal. Você sabe o que é?

Doença rara, o melanoma uveal pode ser diagnosticado com um simples exame clínico feito por oftalmologista.

4 min de leitura
Curta lançado em Foz do Iguaçu aborda melanoma uveal. Você sabe o que é?
Doença rara, o melanoma uveal atinge cerca de 500 pessoas no Brasil ao ano. Foto: Kiko Seirich
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Doença rara, o melanoma uveal atinge cerca de 500 pessoas no Brasil ao ano. Conhecido por câncer ocular, é menos comum que o melanoma cutâneo, porém em caso de metástase pode evoluir rápido.

Com a finalidade de prevenir a doença, que pode ser diagnosticada com um exame clínico feito por oftalmologista, foi lançado, na terça-feira, 7, em Foz do Iguaçu, o curta-metragem Quando seus olhos encontram os meus, no Cine Cataratas.

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Veja o filme: Quando seus olhos encontram os meus

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O filme, que teve pré-estreia em São Paulo no mês passado, está disponível em canais no YouTube do Instituto Melanoma Brasil, com sede em Foz do Iguaçu, e do Instituto Renascimento, parceiros na produção, junto com a Medison Pharma Brasil.

Com 18 minutos de duração, o curta é inspirado na história de Fabiano, um pai viúvo que descobre um câncer ocular a partir de um simples exame de vista.

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Com o diagnóstico, a rotina com sua filha adolescente que estuda para ingressar na faculdade de Medicina se transforma.

O filme, que teve pré-estreia em São Paulo no mês passado, está disponível em canais no YouTube do Instituto Melanoma Brasil, com sede em Foz do Iguaçu, e do Instituto Renascimento. Foto: Kiko Seirich

Exame de fundo de olho

Após o lançamento do curta, ocorreu um debate para esclarecer sobre a doença, mediado pela presidente do Instituto Melanoma Brasil, Rebeca Montanheiro.  

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O diálogo contou com a participação de Kely Nascimento, atriz e fundadora do Instituto Renascimento; Rogério Acquaroli, diretor-médico da Medison Pharma Brasil; e Rodrigo Munhoz, médico oncologista clínico do Hospital Sírio-Libanês e integrante do Conselho Consultivo do Melanoma Brasil. 

Rodrigo Munhoz esclareceu que os riscos do melanoma uveal e cutâneo são diferentes. No melanoma cutâneo, quem tem pele e os olhos claros apresenta mais predisposição para a doença.

O lançamento foi no Cataratas JL. Foto: Kiko Seirich

No entanto, o principal fator adquirido é a exposição solar, principalmente na forma de queimadura na infância, adolescência e início da idade adulta.

Já no melanoma uveal, a exposição solar não tem papel significativo, ao contrário de algumas atividades, a exemplo de soldador, cujo risco é maior. “Na maioria das vezes, é um tumor que nasce esporadicamente sem nenhum fator que se conseguia controlar”, explica.

Segundo Munhoz, o melanoma uveal é um dos pouquíssimos tumores que não precisam de biópsia para ter-se um diagnóstico. A doença pode ser descoberta por meio do exame de fundo de olho, uma avaliação clínica indolor, disponível na rede pública.

O médico reforça a importância da avaliação oftalmológica de rotina e os benefícios que o procedimento traz.

Sintonas do melanoma uveal

Quanto aos sintomas da doença, é importante investigar manchas na visão, alteração da clareza e da nitidez da visão, perda do campo visual e aparecimento de manchinhas que vão e voltam.

O médico Rogério Acquaroli destacou a importância da informação para prevenir o melanoma uveal. “Quanto mais informações as pessoas tiverem e mais elas pensarem na situação, mais precocemente podem procurar o médico, e melhor pode ser o prognóstico.”

Com base em dados da Medison Pharma Brasil, ele diz que a prevalência da doença é um pouco maior em homens, e a faixa etária mais atingida é entre 55 e 60 anos, apesar de haver casos em pacientes mais jovens, a partir dos 40.

O médico ainda esclarece que pacientes com doença metastática acabam falecendo no primeiro ano em 90% dos casos, por isso é essencial o diagnóstico e acompanhamento de perto. Em menos de 10% dos casos, os pacientes apresentam metástase.

A produtora do filme, Kely Nascimento, já fez várias produções, mas é a primeira sobre câncer. Durante o trabalho, ela ouviu pacientes e se sensibilizou. “Uma das coisas que ouvi muito foi a questão emocional. Muitos receberam a notícia e não tinham acompanhante no consultório.”

Para ela, o acolhimento, a rede de apoio e as instituições são importantes aos pacientes. “Eles disseram: ‘Às vezes, a gente quer ser olhado como uma pessoa e não como um câncer’.”

Para Rebecca Montanheiro, a visão mais bonita é aquela que enxerga o valor da vida. “Que possamos sair daqui hoje mais atentos, mais conscientes e mais inspirados para cuidar de nós mesmos e do próximo.”

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    Denise Paro

    Denise Paro é jornalista pela UEL e doutoranda em Integração Contemporânea na América Latina. Atua há mais de duas décadas nas Três Fronteiras e tem experiência em reportagens especias. E-mail: deniseparo@h2foz.com.br

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