Foz do Iguaçu é a 2.ª cidade com mais mortes e casos de dengue do Paraná

O município ficou atrás apenas de Londrina, que tem quase o dobro de moradores, no ano epidemiológico terminado em julho.

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A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou balanço da incidência de dengue no ano epidemiológico 2022–2023, finalizado em julho. Pelos dados, Foz do Iguaçu foi a segunda cidade do Paraná com maior número de mortes e de casos da doença transmitida pelo Aedes aegypti.

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No período, 22 moradores iguaçuenses morreram por dengue, ante 29 falecimentos confirmados em Londrina. Essa localidade, no Norte paranaense, tem praticamente o dobro do número de habitantes, com mais de 555 mil domiciliados.

Na segunda colocação no Paraná também em casos confirmados da arbovirose, Foz do Iguaçu somou 13.374 diagnósticos positivos; e Londrina, 34.815. O detalhamento incluiu ocorrências da doença nas cidades de Ibiporã (5.199) e Paranaguá (4.246), terceira e quarta da lista estadual.

A epidemia de dengue em Foz do Iguaçu é uma das mais agudas da história, decretada em fevereiro. No mês seguinte, em março, a gestão municipal publicou decreto determinando estado de emergência por conta da proliferação da doença.

Dengue em Foz do Iguaçu

Ao H2FOZ, a assessoria da administração informou que a situação emergencial seguirá em vigor, sendo debatida nos próximos dias em um grupo de trabalho. “A revogação será debatida pelo GT das Arbovirores na próxima semana”, expôs.

O elevado número de casos superlotou unidades básicas de saúde, de pronto atendimento e o Hospital Municipal, pressionando todo o sistema de atendimento. Os profissionais de saúde foram submetidos a jornadas laborais exaustivas.

Autoridades sanitárias alertam para a importância do planejamento nas ações de combate à dengue, com medidas de prevenção e educação. “A dengue é uma doença endêmica”, reforça a Sesa, indicando maior concentração dos casos entre outubro e maio.

Dados da prefeitura

A prefeitura divulgou o último boletim do período epidemiológico 2022–2023, nessa terça-feira, 1.º de agosto. O informe mostra que as regiões Leste, Norte e Sul, que abarcam bairros como Morumbi, Vila C e Porto Meira, são as mais castigadas pela epidemia.

Ao todo, o município totalizou 56.140 notificações de dengue, com 13.938 confirmações da moléstia – uma pequena diferença, para cima, em relação ao balanço da Sesa. Casos graves somaram 34, e os com sinais de alarme chegaram a 295.

A doença em Foz do Iguaçu incidiu mais nas faixas de pessoas com idade entre 15 e 29 anos (27%) e de 30 a 44 anos (23%). Em seguida, vem o estrato de adolescentes (22%). Registros entre criança abaixo de 1 ano totalizam 1%; e de pessoas com mais de 60 anos, 12%.

Dengue por região

O boletim da prefeitura apresenta a seguinte incidência da doença, por distrito sanitário:

Casos autóctones:

Leste: 3.437 ocorrências (25%)
Norte: 3.377 (24%)
Sul: 2.640 (19%)
Oeste: 1.844 (13%)
Nordeste: 1.765 (13%)
Ignorados: 611 (4%)

Casos importados:

Brasil: 224 (2%); e
Paraguai: 40 (0%).

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