Influenza A é o vírus gripal que mais circula em Foz

Quanto menos pessoas vacinadas, aumenta o número de casos e de hospitalizações provocados pela influenza A.

Levantamento da Vigilância Epidemiológica indica que o vírus influenza A (H1N1) é o que mais circula em Foz do Iguaçu neste período pré-inverno. Os dados foram coletados com pacientes internados em decorrência da síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e entre pessoas atendidas na UPA João Samek.

Conforme o levantamento, neste ano foram registrados 416 casos de internamento relativo à SRAG e 85 casos ambulatoriais. Desses, a maioria com resultado positivo foi para influenza A, seguida pela covid-19 – casos – doenças que podem ser evitadas pela vacinação.

Do total de internamentos, 172 foram negativados para síndromes respiratórias, e outros 132 casos aguardam resultado. Um total de 19 pessoas apresentaram covid-19, outras 16 influenza A e as demais outros tipos de vírus.

Entre os casos ambulatoriais, de um total de 85 notificações, os de influenza correspondem a 14; e de covid-19, a um total de 10, seguido por outros vírus.

Enfermeira coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Érica Ferreira de Souza explica que o vírus está circulando em razão da sazonalidade. Por isso, é importante que a população procure os postos de saúde para vacinar-se.

De acordo com dados da Prefeitura de Foz do Iguaçu, até dia 4 de maio, 20.100 doses do imunizante contra a influenza A foram aplicados no público-alvo, que são crianças, idosos e gestantes.  

Desse total, 6,52% equivalem à faixa etária infantil; 22,92%, a idosos; e 23,95%, a gestantes. A meta do município é vacinar 90% do público-alvo, o que corresponde a mais de cem mil pessoas.

Baixa adesão à vacina

Supervisora técnica da Linha Cuidado da Saúde da Criança, Adolescente e Imunização e diretora de Atenção Primária, Tânia Silva de Melo diz que a pouca adesão à vacina compromete a imunidade de rebanho e aumenta a vulnerabilidade a doenças que antes estavam sob controle, como sarampo, poliomielite e influenza.

Ela explica que a vacinação ajuda a criar uma proteção coletiva, ou seja, quanto mais pessoas estão imunizadas, menos chances existe de o vírus espalhar-se.

Quando há menos pessoas vacinadas, o vírus pode circular mais facilmente, levando a um aumento de casos e de hospitalizações, enfatiza.

Ela ainda reforça que a propagação do vírus sem controle pode facilitar o surgimento de novas variantes, tornando o combate à doença ainda mais difícil.

Movimento antivacina

Tânia avalia que a pouca adesão à vacina se deve a inúmeros fatores, entre os quais a falta de informação sobre a importância da imunização, dúvidas, correria do dia a dia e até a dificuldade de acesso aos postos.

Outro problema, ressalta, é muitas pessoas acharem que não precisam de vacina por não se considerarem grupo de risco. O movimento antivacina também tem comprometido a imunização em várias regiões, menciona.

“É importante lembrar que a vacinação ajuda a proteger não só quem se vacina, mas toda a comunidade, especialmente os mais vulneráveis”, frisa.

Dia D terá vacina para toda população

Na tentativa de aumentar a adesão da população à imunização, o município tem realizado campanhas em escolas, universidades, centros de convivência de idosos e hospitais.

Neste sábado, 10, ainda será realizado o Dia D de vacinação contra influenza A em cinco unidades de saúde, que estarão abertas das 8h às 17h para atender toda a população, independentemente da idade.

As doses estarão disponíveis nas unidades do Cidade Nova, São João, Morumbi 2, Profilurb 1 e Maracanã. Além da imunização contra a gripe, haverá disponibilidade de imunizantes contra sarampo, covid-19 e hepatite.

Principais sintomas

Segundo o Ministério da Saúde, os principais sintomas da influenza A são febre, dor de garganta, tosse, dor no corpo e dor de cabeça.

Algumas pessoas também podem ter coriza, fadiga, calafrios. Em alguns casos pode haver diarreia e vômitos.

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