A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) descartou a suspeita de intoxicação por metanol em uma moradora de Foz do Iguaçu. A mulher, de 31 anos, seguiu os protocolos sanitários recomendados, realizando os exames, que deram negativo.
A prefeitura confirmou a informação ao H2FOZ. O caso suspeito foi anunciado no último sábado, 4, pela gestão municipal. A mulher passou mal após consumir bebida alcoólica destilada, tendo apresentado quadro clínico leve.
Ao descartar o caso que foi investigado em Foz do Iguaçu, a Sesa atualizou o número de ocorrências no Paraná, com uma confirmação em Curitiba. Agora, o estado soma três casos diagnosticados.
Todos os pacientes (homens de 36, 60 e 71 anos, residentes na capital) permanecem internados e recebem acompanhamento médico. Continuam em análise dois casos, em Maringá e Toledo. Na Região Oeste, o atendimento pode ser feito via CIATox Cascavel: (45) 3321-5261.
Intoxicação por metanol
A Sesa emitiu uma nota técnica para todas as regionais de saúde alertando sobre monitoramento e necessidade de alerta compulsório. Todos os casos suspeitos são notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, e comunicados para a Vigilância Municipal em Saúde.
O Ministério da Saúde enviou ao Paraná 220 ampolas do antídoto utilizado no tratamento de intoxicações por metanol. O produto é encaminhado diretamente ao hospital que está atendendo ao caso notificado pelo estado ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) nacional.
Sintomas e prevenção
A Secretaria de Saúde do Paraná ressalta que, neste momento, as pessoas precisam ficar atentas aos sintomas e seguir orientações de prevenção.
Sintomas iniciais (6 a 24 horas após a ingestão):
- dor de cabeça (cefaleia);
- náuseas e vômitos;
- sonolência e falta de coordenação (semelhante a uma forte embriaguez ou ressaca grave);
- tontura e confusão mental.
Sintomas graves e tardios (após 24 horas):
- dor abdominal intensa: um sinal de alerta de emergência;
- alterações visuais: visão turva, fotofobia (sensibilidade à luz), visão embaçada, percepção de “campo nevado” ou pontos escuros e, em casos graves, cegueira repentina em ambos os olhos;
- dificuldade respiratória e hiperventilação;
- convulsões e coma.
Medidas de prevenção:
- adquira bebidas apenas de estabelecimentos confiáveis;
- fique atento a preços muito abaixo do normal;
- verifique se o líquido contém partículas ou impurezas, que podem ser indicativos de contaminação;
- confira se o lacre está intacto. Lacres rompidos ou tortos são pontos de atenção;
- desconfie de rótulos mal aplicados, com erros de ortografia ou informações borradas, que podem indicar falsificação;
- procure o registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) na embalagem;
- em destilados, confira o selo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), geralmente colocado próximo à tampa. A ausência pode indicar que a bebida não passou pela fiscalização brasileira;
- ao adquirir bebidas alcoólicas para comercialização, os estabelecimentos devem exigir a nota fiscal de seus fornecedores, garantindo a procedência e a rastreabilidade das bebidas;
- em caso de suspeita de intoxicação, o paciente deve procurar o serviço de saúde o mais rapidamente possível.
(Com informações da Sesa)