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Saúde mental ao alcance das mãos: o poder do artesanato 

Descubra no novo episódio como linhas e agulhas viram força e saúde mental.

3 min de leitura
Saúde mental ao alcance das mãos: o poder do artesanato 
Enquanto os filhos recebem cuidados, as mães encontram no artesanato um jeito de cuidar de si mesmas.

Quem nunca viu os avós, tios ou mesmo a própria mãe dedicados ao bordado, ao crochê ou a alguma forma de artesanato? Para muitos, essas memórias vêm carregadas de afeto e nostalgia, mas raramente associamos essas práticas à saúde mental. Hoje, no entanto, a ciência e a experiência cotidiana mostram que o trabalho manual é uma ferramenta poderosa para organizar as ideias, aliviar tensões e promover bem-estar emocional.

Assista o novo episódio:

Esse olhar ressignificado sobre o artesanato foi o fio condutor do episódio especial do Quem Foi Que Disse?, realizado com as mães atendidas pela APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Enquanto os filhos participam das atividades educativas e terapêuticas na instituição, elas encontraram no artesanato um espaço de convivência, troca e apoio mútuo.

“O artesanato ajuda a gente tirar o foco da crise que uma criança dá ou da medicação que às vezes não funciona. O trabalho manual ajuda a gente pensar sobre a realidade de outras formas, e isso é ótimo, é uma forma de nos ajudar”, destaca Camila Silva, idealizadora do Arte Mães da APAE.

A artesã Camila Silva enxergou no trabalho manual uma forma de unir as mães da APAE

O grupo, intitulado Arte Mães da APAE, nasceu como um encontro de produção manual, mas rapidamente se transformou em um espaço de escuta, fortalecimento coletivo e, sobretudo, de cuidado com a saúde emocional. Entre linhas, tecidos e conversas, as mães relatam que conseguem ressignificar experiências, enfrentar traumas e encontrar novas formas de expressar sentimentos.

“O artesanato me ajudou muito a superar a ansiedade e a própria depressão. Aprendi demais com esse grupo, me sinto mais animada e estou disposta até a cuidar mais de mim, me sinto mais vaidosa”, afirma Clarice de Oliveira, participante do projeto.

Mais do que peças produzidas, cada criação traz consigo histórias de vida, superações e a prova de que o trabalho manual, tão presente em gerações passadas, segue atual e fundamental. O artesanato, além de gerar pertencimento e sentido, mostra-se como um recurso acessível e potente para a saúde mental — literalmente, ao alcance das mãos.

Projeto de artesanato na APAE: espaço de escuta e fortalecimento coletivo

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    Isabela Collares

    Isabela Collares é jornalista em Foz do Iguaçu e apresentadora do quadro "Quem foi que te disse?".