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BR-277 é campeã em mortes decorrentes de acidentes envolvendo caminhões

Segundo a PRF, número de óbitos resultantes de sinistros envolvendo veículos pesados aumentou 15% neste ano.

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BR-277 é campeã em mortes decorrentes de acidentes envolvendo caminhões
O principal tipo de ocorrência com falecimento foram as colisões frontais (44%), seguidas por tombamentos e colisões traseiras. Foto: PRF
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Corredor de cargas e contrabando, a BR-277, que liga Foz do Iguaçu a Paranaguá, foi a rodovia com maior registro de mortes envolvendo caminhões no primeiro semestre deste ano, totalizando 37 óbitos.

As estatísticas, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), revelam que, mesmo sendo a rodovia mais extensa do estado, a densidade de falecimentos por quilômetro também é maior na BR-277.

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O cenário é considerado preocupante, porque as mortes em acidentes com a participação de caminhões aumentaram mais de 15% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado em todo o estado.  

Na primeira metade de 2024, foram registrados 142 óbitos. Neste ano, o número subiu para 164. No primeiro semestre foram computadas 302 mortes, das quais 54% ocorreram em acidentes que tinham pelo menos um caminhão.

Depois da BR-277, as rodovias com mais registros de falecimentos são a BR-376 (20% do total) e a BR-369 (14%). A BR-369 teve aumento considerável de óbitos, saltando 130% — de 10 para 23.

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Com 730 quilômetros de extensão, a BR-277 começa na Ponte Internacional da Amizade, em Foz do Iguaçu, e vai até o Porto de Paranaguá.

Apesar de ser usada para escoamento de cargas agrícolas, muitas no eixo Foz do Iguaçu–Paranaguá, a maior parte da rodovia é de pista simples, fato que aumenta o risco de acidentes.

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Nem mesmo o trecho Foz do Iguaçu–Cascavel, que tem intenso tráfego de caminhões e ônibus, está totalmente duplicado. Partindo de Foz, a duplicação contempla apenas o trajeto Foz do Iguaçu-Matelândia.

Pista simples lidera mortes

A maioria dos óbitos em acidentes com participação de caminhões ocorreu em pista simples (65%), mesmo sendo esse o tipo de via com menor participação na quantidade de sinistros (48%).

O principal tipo de ocorrência com falecimento foram as colisões frontais (44%), seguidas por tombamentos e colisões traseiras — ambos com 10% de participação nas mortes.

A maior parte das pessoas que morrem nesses sinistros são homens, com idade de 20 a 40 anos. Apenas 33% dos mortos ocupavam caminhões, enquanto os demais estavam em outros veículos ou eram pedestres. 

O cenário é preocupante, segundo a PRF, porque, ao mesmo tempo que houve aumento de mortes, foi registrada uma redução de 5% na quantidade de acidentes, demonstrando maior gravidade nas ocorrências.

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(Com informações da assessoria de imprensa)

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Denise Paro

Denise Paro é jornalista pela UEL e doutoranda em Integração Contemporânea na América Latina. Atua há mais de duas décadas nas Três Fronteiras e tem experiência em reportagens especias. E-mail: deniseparo@h2foz.com.br

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