Operação mira corrupção na contratação de empresa de software em Foz do Iguaçu. A ação da Polícia Civil do Paraná (PCPR) foi desencadeada, na manhã desta terça-feira, 17, na cidade e em Curitiba (PR).
O objetivo é apurar possíveis crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, contratação direta ilegal e fraude em licitações. Envolve suposto recebimento de propina e favorecimento de empresa contratada em 2009 para fornecimento do software de gestão utilizado anteriormente pela prefeitura e pela Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu.
Corrupção e software
Os policiais civis cumprem oito ordens judiciais de busca e apreensão. A PCPR informa que a empresa investigada atuou por mais de dez anos na prefeitura e na Câmara iguaçuenses, em geral, sem passar por concorrência licitatória.
“Quando finalmente abertos procedimentos, com aparente ciência de servidores públicos, a mesma empresa, por estar em débito com a fazenda pública, tentou se valer de empresa de fachada para continuar operando sem regularizar sua situação fiscal”, diz o delegado Lucas Magron. Houve disputa judicial e anulação do pregão.
A Polícia Civil verificou que, possivelmente, servidores públicos receberam valores, o que caracterizaria crimes de corrupção passiva, bem como a corrupção ativa por parte dos empresários. A instituição também aponta ocorrência de contratações diretas ilegais e autorização de pagamento irregular.
A investigação teve início em 2023, após uma denúncia anônima sobre ilícitos que estariam envolvendo a suposta empresa. O relato mencionava um agente político que teria recebido propina para favorecer a empresa, que tem sede em Curitiba.
(Com informações da Polícia Civil do Paraná)
