A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal do Brasil (RFB) fecharam depósito ilegal de produtos fruto de descaminho e contrabando da Argentina, em um imóvel em Foz do Iguaçu. A operação foi nessa quarta-feira, 8.
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A partir de uma denúncia anônima à PF, policiais se deslocaram até o Porto Meira, região perto da Ponte Internacional Tancredo Neves, na fronteira com a Argentina. E empreenderam monitoramento.
“Os policiais identificaram um movimento de pessoas entrando e saindo de um imóvel, transportando fardos de mercadorias”, reporta a instituição. As entregas eram feitas em comércios locais.
Foi quando as equipes dos órgãos federais entraram no imóvel e encontraram centenas de mercadorias de origem estrangeira. Os produtos não tinham documentação fiscal legal para a comercialização.
Entre as mercadorias encontradas foram contabilizados 370 galões de azeite com rótulo Valle Viejo. Essa marca é proibida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no Brasil desde 2021.
Esse produto é “cota zero”, em que toda importação é ilícita. A vedação se deve a “adulterações encontradas em todas as amostras do azeite que foram periciadas”, pontua a Polícia Federal.
Sob a acusação de crime de contrabando, o proprietário do imóvel e o funcionário que era o responsável pela comercialização dos produtos estrangeiros foram presos em flagrante. E levados para a Delegacia de Polícia Federal.
Azeite clandestino
Foi constatado que esse azeite mescla óleos vegetais como os de soja, girassol ou canola, sendo de reduzido o valor nutricional. Além de ser “nocivo à saúde de consumidores com sensibilidade a componentes dos óleos adicionados”, reforça a corporação federal.
A marca de azeite Valle Viejo não existe. “Os representantes legais detentores da marca descartaram qualquer relação com o produto comercializado na região da fronteira, uma vez que a produção de azeite foi descontinuada.”
