A Polícia Federal (PF) saiu às ruas nesta sexta-feira, 30, durante a Operação Miragem. O objetivo é desarticular associação para o descaminho, que mantém conexão entre Foz do Iguaçu e São Paulo, a partir da importação ilegal de eletrônicos do Paraguai.
São cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em Foz do Iguaçu e Cascavel, na região de fronteira, e nas cidades paulistas de Guarulhos, Santana e São Paulo. Os alvos são acusados de internalizar as mercadorias para posterior venda em território nacional.
Ainda de acordo com a PF, as operações dos suspeitos apresentam “indícios robustos da prática de lavagem de dinheiro”. A intenção seria “ocultar e dissimular os lucros obtidos com as atividades ilícitas”, sustentam os federais, a partir da investigação.
A apuração identificou uma pessoa que mora em Foz do Iguaçu como a principal envolvida. O homem movimentou expressivos valores, que seriam de “origem criminosa”, conforme a PF, em sua conta pessoal e de uma empresa por ele controlada.
Operação contra o descaminho
Conforme a Polícia Federal, tal engenharia configura “indícios concretos de lavagem de dinheiro”. A análise das movimentações identificou fluxos superiores a R$ 13 milhões em sua conta pessoal e mais de R$ 31 milhões pela empresa, valores incompatíveis com a renda declarada.
Na operação, os federais também cumpriram mandados contra pessoas físicas e jurídicas com antecedentes criminais e administrativos por contrabando e descaminho. Esses investigados “transferiram altas quantias ao principal investigado como forma de pagamento pelas mercadorias introduzidas ilegalmente no país”, aponta a instituição federal.
A PF acaba de divulgar balanço parcial das apreensões, que incluem:
- quatro veículos;
- dez mil dólares;
- joias;
- documentos;
- celulares e computadores.
Operação Miragem
A designação da mobilização policial alude às ilusões que ocorrem em desertos. Simboliza o “caráter enganoso e dissimulado das atividades criminosas praticadas pelo grupo investigado”, expõe a Polícia Federal.