O presidente da Administração de Parques Nacionais (APN) da Argentina, Cristian Larsen, comunicou, nesta quarta-feira (28), sua “renúncia indeclinável” ao cargo. A saída de Larsen ocorrerá no próximo dia 31, conforme carta publicada nas redes sociais.
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Embora não tenha deixado claro o motivo, a renúncia ocorre no contexto de reacomodação dos grupos ligados ao presidente Javier Milei. Entre junho e outubro, o país fará eleições parlamentares, nas quais Milei espera ampliar sua bancada de apoio.
A APN exerce, na Argentina, função similar à do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no Brasil.
Larsen estava na APN desde abril de 2024 e implantou, no período, reformas como a desregulamentação dos serviços turísticos no interior dos parques nacionais. O pacote teve como objetivo, de acordo com o gestor, eliminar o excesso de normas.
As mudanças incluíram, entre outros pontos, o fim da obrigatoriedade de contratação de guias locais por grupos de excursões que visitam os parques da Argentina. A ação recebeu críticas de profissionais do setor, respaldados por autoridades locais.
Em sua carta, o agora ex-presidente da APN enfatizou ações como a recuperação de áreas públicas utilizadas por particulares nas unidades de conservação argentinas.
“Saio com o privilégio de ter trabalho neste órgão, com o orgulho do dever cumprido e a certeza de que seguirei acompanhando, do lugar que me couber, a reconstrução da nossa pátria”, publicou Larsen. “Agradeço ao presidente Javier Milei pela confiança depositada neste período.”
O nome do substituto no comando dos parques nacionais da Argentina deverá ser anunciado somente a partir da próxima semana, pois a saída de Larsen está marcada para sábado (31).