Uma foto do céu noturno sobre as Cataratas do Iguaçu está na final do concurso Capture the Dark, considerado um dos mais importantes do mundo em astrofotografia.

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Organizado pela DarkSky International, o concurso engloba imagens que mostram a beleza da paisagem noturna e alertam quanto à importância de proteger os céus escuros.

Uma das finalistas de 2025, a foto Astrofotografia da Ema — Uma Lenda Tupi Guarani tem como autor o astrofotógrafo Rodrigo Guerra, de Foz do Iguaçu. Conforme a descrição, a imagem mostra a constelação indígena da Ema, emoldurada pela beleza das Cataratas.

De acordo com os organizadores, a escolha das campeãs se dará por júri técnico e voto popular. No caso da votação aberta ao público, basta entrar no link https://shre.ink/x5i9 e selecionar uma das opções. Após clicar em votar, o participante receberá uma mensagem de e-mail para confirmação.

Rodrigo Guerra integra o coletivo Cosmos Iguassu, que faz fotos e observações em locais com céu escuro, como as Cataratas do Iguaçu.

A constelação da Ema sinaliza, aos povos da etnia guarani, a aproximação do outono e do inverno, estações associadas à escassez de alimentos e chuvas.

Astrofotografia nas Cataratas

O portal H2FOZ já destacou, em outras oportunidades, fotos do céu feitas nas Cataratas do Iguaçu.

Em janeiro deste ano, por exemplo, o próprio Rodrigo Guerra registrou a passagem do cometa C/2024 G3 (ATLAS) pela região. O cometa, considerado um dos mais brilhantes dos últimos anos, aparece enquadrado com as quedas do lado argentino, logo no comecinho da noite.

Já a fotografia da constelação da Ema nas Cataratas figura em outro conteúdo repercutido pelo H2FOZ, em fevereiro.

Na ocasião, Guerra descreveu que a foto usa a técnica de dupla exposição (com tripé fixo) e foi captada em 11 de junho de 2024. “No dia, o vento estava forte e havia bastante spray de água das Cataratas”, recordou.

“Deixei a máquina capturando a luz e, além da constelação, também foi possível registrar o arco-íris lunar”, descreveu o astrofotógrafo, em alusão ao arco-íris prateado visto à noite nas Cataratas.

“Depois disso, a segunda parte consiste em fotografar o próprio céu, com recurso técnico para acompanhar o movimento celeste. Por fim, juntamos tudo na edição. É uma foto que tem uma técnica apurada, não é uma foto usual”, complementou.