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Ponte da Amizade: entidades debatem implantação de corredor turístico

De acordo com o Conselho Municipal de Turismo (Comtur), objetivo é facilitar a travessia de turistas na fronteira entre Brasil e Paraguai.

2 min de leitura
Ponte da Amizade: entidades debatem implantação de corredor turístico
Proposta em análise prevê a criação de um corredor preferencial para veículos de turismo na Ponte da Amizade. Foto: Marcos Labanca/H2FOZ

Integrantes do Conselho Municipal de Turismo (Comtur) de Foz do Iguaçu fizeram, na última segunda-feira (7), visita técnica à aduana brasileira da Ponte da Amizade. No local, a comitiva foi recebida por uma equipe da Receita Federal do Brasil (RFB).

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Em pauta, as discussões para a criação de um corredor turístico preferencial na fronteira entre Brasil e Paraguai. A medida tem como objetivo facilitar a travessia de turistas e diminuir o tempo de espera para fiscalização.

Comitiva do Comtur na Ponte da Amizade.
Comitiva do Comtur na Ponte da Amizade. Foto: Assessoria/Comtur

De acordo com o Comtur, o foco da visita técnica foi conhecer a estrutura aduaneira na Ponte da Amizade e avaliar a viabilidade da proposta. A atividade também marcou o início das atividades do Grupo de Trabalho de Mobilidade e Meio Ambiente do colegiado.

Diogo Marcel Araújo, presidente do Comtur, declarou satisfação por perceber que a iniciativa está, de fato, ganhando andamento.

“A visita técnica na Ponte da Amizade marca o primeiro passo para buscar um diálogo e soluções em relação ao fluxo de turistas no local”, avaliou. “O Comtur está com um diálogo muito próximo à Receita Federal, à Polícia Federal e instituições parceiras.”

Daniel Messias Linck, chefe da Divisão de Conferência de Bagagem da RFB, disse que uma das etapas para a criação do corredor envolve o cadastramento de veículos.

“Táxis e vans de turismo cadastrados terão um acesso diferenciado pela Ponte da Amizade, a princípio, somente no sentido Paraguai–Brasil. Posteriormente, no sentido Brasil–Paraguai”, indicou.

Fluxo na Ponte da Amizade

O trabalho para a futura implantação de um corredor turístico preferencial no local também inclui a capacitação de motoristas e guias. Assim, os profissionais poderão repassar aos clientes informações sobre cotas e itens permitidos ou proibidos.

“Isso trará uma segurança muito maior aos visitantes e será um importante passo para desenvolver e fomentar o turismo na cidade”, apontou o servidor da RFB.

A abertura da Ponte da Integração, ainda sem data confirmada, também contribuirá para a melhoria do trânsito na Ponte da Amizade. Brasil e Paraguai planejam direcionar todo o fluxo de caminhões para a nova passarela fronteiriça.

(Com informações do Comtur)

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    Guilherme Wojciechowski

    Guilherme Wojciechowski é colaborador do H2FOZ desde 2021. Acompanha o noticiário da fronteira há duas décadas e cobre editorias como Paraguai, Argentina, Turismo, Esporte, Cultura e Segurança Pública.

    3 comentários em “Ponte da Amizade: entidades debatem implantação de corredor turístico”

    1. LEBOSS738055

      Digamos que esse corredor, só vai servir para comerciantes($$$$$) possam utilizar pagando propina para alguns poucos policiais, assim, podendo utilizar, criando, apenas mais uma fila, no fim nao vai ajudar em nada

    2. JCN

      A proposta debatida por entidades de Foz do Iguaçu para criar um corredor turístico preferencial na Ponte da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai, representa uma tentativa de modernização e agilização do fluxo fronteiriço voltado ao turismo, setor essencial para a economia da tríplice fronteira. Entretanto, apesar de bem-intencionada, a iniciativa levanta questionamentos relevantes sobre sua efetividade, equidade e risco de distorções operacionais.

      De um lado, o projeto é louvável por buscar resolver um problema crônico: a morosidade e o desconforto enfrentados por turistas ao atravessar a ponte, frequentemente marcada por longas filas e fiscalização confusa. A ideia de um corredor exclusivo para táxis e vans de turismo cadastrados pode, de fato, melhorar a experiência do visitante, aumentar a segurança, e tornar a região mais atraente como destino internacional.

      Além disso, o envolvimento direto de órgãos como a Receita Federal e a Polícia Federal, somado à capacitação de motoristas e guias turísticos, mostra que há uma tentativa de criar um sistema mais transparente e organizado, evitando a desinformação típica nas compras em Ciudad del Este. A proposta também se alinha com o esforço paralelo de abrir a Ponte da Integração para desafogar o tráfego de cargas.

      Contudo, como bem pontuado por um leitor nos comentários da matéria, há um risco real de que esse “corredor preferencial” se transforme em um privilégio explorado por interesses econômicos e até mesmo por práticas de corrupção — como o pagamento de propinas para burlar controles. A história das fronteiras brasileiras não é imune a tais desvios, o que exige fiscalização rigorosa e critérios muito bem definidos.

      Ademais, a proposta pode escancarar desigualdades: enquanto turistas em veículos comerciais terão prioridade, moradores locais, trabalhadores e pequenos comerciantes continuarão enfrentando as mesmas dificuldades de sempre. Isso poderia gerar ainda mais frustração e sensação de exclusão social.

      Em síntese, a criação de um corredor turístico na Ponte da Amizade é uma proposta que, se bem implementada, pode trazer avanços reais à mobilidade e ao turismo regional. No entanto, é essencial que seja acompanhada de mecanismos de controle rigorosos, transparência no cadastramento, e políticas públicas que não deixem os cidadãos da fronteira à margem dos benefícios. Caso contrário, corre-se o risco de transformar uma boa ideia em mais um mecanismo de favorecimento e desigualdade.

    3. Rodolfo Reis

      É impossível melhorar o fluxo, a ponte é estreita, por isso tem os engarrafamentos, e o gargalo de saída lá no final é pequeno e lento por causa dos quebra mola. Eu viajo para lá direto, e não vejo problema algum em atravessar a ponte, é super normal e tranquilo, e quem vai lá no Paraguai já vai sabendo de tudo, do que pode e não pode comprar, do trânsito na hora de vim embora. Quem está em turismo não pode se preocupar com tempo no trânsito, a final a pessoa está passeando. A não ser que estão planejando fazer esse corredor para fazer “os turistas e alguns funcionários sorrirem”, facilitando a passagem neste corredor. Retirando os caminhões já está bom, mas para variar as obras no Brasil nunca acabam, do lado do Paraguai já está tudo pronto. Deixem a ponte como ela é, é muito bom passar por lá naquele movimento todo, emocionante.

    Os comentários estão encerrado.