O Brasil assumiu, nesta quinta-feira (3), a presidência rotativa do Mercosul, após cúpula semestral celebrada na cidade de Buenos Aires. No primeiro semestre do ano, o comando do bloco esteve a cargo da Argentina.
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Em declarações dadas logo depois de receber de Javier Milei a incumbência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva citou como desafio a conclusão do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.
De acordo com Lula, o Brasil estabeleceu cinco prioridades para os próximos seis meses:
1️⃣) fortalecer o comércio intrabloco e com parceiros externos;
2️⃣) avançar no enfrentamento à mudança do clima e na transição energética;
3️⃣) promover o desenvolvimento tecnológico da região;
4️⃣) combater o crime organizado transnacional; e
5️⃣) fortalecer os direitos dos nossos cidadãos, com participação social.
O presidente brasileiro pediu, ainda, o apoio dos demais países do Mercosul para que a Conferência do Clima (COP30), em Belém, seja um sucesso.
Quanto aos resultados da cúpula desta terça (3), Lula disse que estudará “com afinco a possibilidade de criar uma agência contra a criminalidade organizada transnacional”. A proposta partiu da Argentina, que reconhece a importância da articulação regional.
Ademais, Mercosul e Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) firmaram um acordo de livre comércio. O bloco europeu tem quatro integrantes, que não fazem parte da União Europeia: Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.

Agenda paralela à Cúpula do Mercosul
Em sua passagem por Buenos Aires para a Cúpula do Mercosul, o presidente Lula aproveitou a ocasião para uma visita de cortesia à ex-presidente Cristina Kirchner. A visita precisou de autorização da Justiça argentina, pois Cristina está em prisão domiciliar.
De acordo com os relatos da imprensa local, a reunião durou cerca de 50 minutos, com Lula expressando solidariedade a Cristina. Logo após, a ex-presidente publicou mensagem em seu perfil na rede social X, reproduzida abaixo: