O ano de 2025 ainda não chegou ao fim e a província argentina de Misiones, na fronteira com o Brasil e o Paraguai, já teve 300 mortes no trânsito. Conforme o histórico, em 2024, a província, com pouco mais de 1,3 milhão de habitantes, registrou 220 falecimentos.
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A situação preocupa as autoridades de Misiones, que tem a fronteiriça Puerto Iguazú entre os destinos rodoviários mais importantes. Nas rodovias, ações como a instalação de radares estão em andamento para reduzir as ocorrências ligadas à alta velocidade.
Em declarações ao portal Misiones Online, da Argentina, Luis Di Falco, especialista em segurança viária, destacou o consumo de álcool, a falta de atenção e o excesso de velocidade como os principais fatores para a gravidade dos acidentes.
“Quando falamos do álcool, não devemos falar apenas do período de festas, mas do ano como um todo, porque há pessoas que bebem todos os dias”, apontou. “Álcool, distrações na hora de conduzir e excesso de velocidade protagonizam sempre os acidentes.”
Falco citou, ademais, a necessidade de que os adultos estabeleçam bons exemplos para as crianças, visando à formação de melhores condutores no futuro. “Quando as crianças crescerem, irremediavelmente, vão repetir os comportamentos inadequados”, alertou.
Além disso, o especialista enfatizou a necessidade de unificar as leis de trânsito na Argentina. Atualmente, no caso da província de Misiones, dos quase 80 municípios, somente sete aplicam a política nacional de tolerância zero ao álcool no trânsito.
Para quem vai viajar durante as férias de fim de ano, Falco recomenda zelar pela segurança e planejar paradas para reduzir o cansaço. O Brasil está entre os principais destinos dos turistas argentinos que trafegam pelas estradas de Misiones.

