
Pesquisadores da Argentina e do Brasil estão acompanhando, com atenção, os deslocamentos de uma onça-pintada na fronteira entre Puerto Iguazú e Foz do Iguaçu. O animal possui um colar de monitoramento via satélite.
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Na semana passada, o macho adulto Hendú passou a circular por uma área próxima à Rodovia Nacional n.º 101, que cruza o Parque Nacional Iguazú.

Devido ao risco de atropelamento, integrantes do Proyecto Yaguareté, que monitora as onças na Argentina, emitiram um alerta à direção da unidade de conservação.
Assim, guardas-florestais que atuam no lado argentino das Cataratas montaram uma operação especial na rodovia. Durante o trabalho, houve controle do limite de velocidade e orientação aos motoristas sobre os cuidados ao trafegar por áreas protegidas.
Integrantes do projeto Onças do Iguaçu, que opera no lado brasileiro, também receberam o aviso dos colegas da Argentina para auxiliar no acompanhamento.
De acordo com o histórico, o primeiro avistamento de Hendú na região aconteceu em 2020, no lado argentino. Na ocasião, técnicos do Parque Nacional Iguazú estimaram sua idade em cerca de três anos.
Em abril de 2025, por sua vez, Hendú foi capturado no Brasil, pela equipe do Onças do Iguaçu, para verificação de seu estado de saúde e colocação do colar. Desde então, cruzou novamente o Rio Iguaçu e retornou à floresta na Argentina.
Atualmente, estima-se que cerca de 90 onças-pintadas vivam no corredor florestal entre Brasil e Argentina, formado por parques nacionais e reservas menores.
O atropelamento, que acontece principalmente do lado argentino, figura como a causa mais comum da morte de onças-pintadas e outros grandes felinos na região.