Missões Jesuíticas

que visitam a região fronteiriça costumam associar a expressão “Missões Jesuíticas” às ruínas do povoado de San Ignacio Miní, na Argentina. Não deixam de ter razão, tendo em vista tratar-se do conjunto jesuíta mais visitado da fronteira trinacional, presente no roteiro das principais agências de Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú.

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* Guilherme Wojciechowski, especial para H2FOZ

Turistas que visitam a região fronteiriça costumam associar a expressão “Missões Jesuíticas” às ruínas do povoado de San Ignacio Miní, na Argentina. Não deixam de ter razão, tendo em vista tratar-se do conjunto jesuíta mais visitado da fronteira trinacional, presente no roteiro das principais agências de Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú.

A grande surpresa, porém, é que dois dos vestígios mais importantes da presença dos missionários da Companhia de Jesus no antigo território guarani podem ser encontrados no Paraguai, nos antigos núcleos de Jesús de Tavarangüe e Trinidad, a cerca de 250 quilômetros da fronteira com Foz do Iguaçu.

Trinidad
Fundada em 1706, após várias mudanças de local, Santísima Trinidad del Paraná impressiona pela imponência de sua igreja, com 86 metros de largura, 45 de comprimento e estrutura dividida em três naves, seguindo o padrão dos principais templos da época. No interior da igreja, hoje a céu aberto, pode-se visitar os túmulos dos caciques e jesuítas que ali passaram seus últimos dias. Na antiga sacristia, estão guardadas peças recolhidas durante as escavações arqueológicas (uma delas, reconstruída a partir de 1,5 mil pedaços). Outras construções que chamam a atenção são as singelas habitações indígenas, construídas em pavilhões com varandas cobertas, dispostas de forma padrão ao redor da Praça Maior, centro da vida social, religiosa e econômica das Missões Jesuíticas. Parte desta história está contada no Museu Jesuítico, à entrada de Trinidad, que apesar de modesto, guarda acervo de inestimável valor.

Horário de funcionamento:
Todos os dias, a partir das 07h30 (hora paraguaia). O horário de fechamento varia ao longo do ano, conforme a estação. Aos fins de semana, espetáculo noturno de som e luz (consulte a programação no posto de turismo à entrada das ruínas).

Tarifa em outubro/2016:
G$ 25 mil (cerca de R$ 15,00), válido para as missões de Trinidad e Jesús, com três dias de validade.

Vídeo:

Para conferir a avaliação do atrativo no portal Trip Advisor, clique aqui.

Jesús de Tavarangüe
Situada a 12 quilômetros de Trinidad e acessível através de um ramal no Km 29 da Ruta VI, Jesús de Tavarangüe possui uma característica única entre todas as Missões Jesuíticas Guaranis: quando da expulsão dos jesuítas, em 1767, sua igreja era a única inacabada, permanecendo eternamente sem teto e não podendo, portanto, ser tecnicamente classificada como ruína, por tratar-se de uma obra inconclusa. Por este motivo, escapou ilesa ao ataque dos saqueadores, já que não possuía ouro ou imagens valiosas em seu altar. A paz e o silêncio do lugar impressionam, tornando Jesús um dos pontos altos da visita às missões localizadas no que é hoje o Paraguai.

Horário de funcionamento:
Todos os dias, a partir das 07h30 (hora paraguaia). O horário de fechamento varia ao longo do ano, conforme a estação.

Tarifa em outubro/2016:
G$ 25 mil (cerca de R$ 15,00), válido para as missões de Trinidad e Jesús, com três dias de validade.

Para conferir a avaliação do atrativo no portal Trip Advisor, clique aqui.

Como chegar?
Entrando no Paraguai pela Ponte da Amizade, siga pela Ruta Internacional VII até o Km 30, virando à esquerda na Ruta VI, em direção à cidade de Encarnación. Os acessos a Jesus de Tavarangüe e Trinidad, cerca de 200 quilômetros adiante, estão sinalizados às margens da rodovia.

Trinidad:

Jesús de Tavarangüe:

Dica:
Saindo pela manhã, é possível conhecer os dois sítios arqueológicos e retornar à fronteira com o Brasil no mesmo dia. Se quiser esticar a jornada, no entanto, recomendamos que passe à noite nas cidades de Encarnación (Paraguai) ou Posadas (Argentina), cujas margens do rio Paraná estão compostas, desde a reformulação urbana provocada pelo enchimento do reservatório da usina de Yacyretá, por áreas de parques e praias fluviais.

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