Ato pela paz e fim da intolerância política marca homenagem a Marcelo Arruda em Foz

Amigos e familiares se reuniram, neste domingo pela manhã, na Vila A, e distribuíram flores

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Amigos e familiares se reuniram, neste domingo pela manhã, na Vila A, e distribuíram flores

Um ato de paz, realizado na manhã deste domingo (14), em frente à Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, na Vila A, lembrou a morte do guarda municipal Marcelo Arruda. Familiares e amigos prestaram homenagem a Marcelo neste Dia dos Pais e pediram justiça e fim da intolerância política. O grupo saiu em passeata e distribuiu flores na feirinha da Vila A.

Filho mais velho de Marcelo, Leonardo Miranda de Arruda, 26 anos, destacou o temperamento do pai, uma pessoa que procurava ajudar as outras e não apresentava traços de intolerância política. “Ele foi uma pessoa que não ligava se você é diferente, se você gosta do Bolsonaro ou do PT”, disse. Ele também lamentou ter de passar o Dia dos Pais sem Marcelo. “Estou comemorando o Dia dos Pais sem meu pai porque um assassino, por intolerância política, acabou tirando ele de mim. Enquanto alguém atira no meu pai, eu entrego rosas.”

Leonardo também fez questão de lembrar um episódio durante o velório. “Uma senhora falou: ‘Eu conheci seu pai, ele fazia ronda. Eu peguei dois ônibus para vir aqui porque um dia ele ficou sabendo que lá em casa estava faltando comida e ele levou. Depois disso, não faltou mais comida’.”

A família criticou a lentidão da Justiça. “Estamos clamando por justiça. Justiça que não funciona até agora como queremos”, ressaltou um dos irmãos de Marcelo, José Arruda, 55 anos.

A viúva de Marcelo, Pamela Silva, considerou o ato importante principalmente para os filhos terem um momento de acolhimento com amigos e família. “É um ato para continuar pedindo pela paz, para que não haja mais esse ato de violência que aconteceu com o Marcelo.”  

A família está acompanhando atentamente os desdobramentos do processo que investiga o crime. Na semana passada, o autor dos disparos que tiraram a vida de Marcelo, o policial penal Jorge Guaranho, 38 anos, deixou o Hospital Ministro Costa Cavalcanti e foi transferido inicialmente para casa sob a justificativa de que o Complexo Médico Penal não teria condições de recebê-lo. Mas na sexta (12), a decisão judicial foi revertida e Guaranho foi encaminhado para a unidade de Pinhais, região metropolitana de Curitiba.

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