Rodoviários mantêm greve do transporte coletivo: sem acordo na audiência desta quinta

Paralisação de motoristas e cobradores de ônibus de Foz do Iguaçu dura mais de 15 dias. 

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Paralisação de motoristas e cobradores de ônibus de Foz do Iguaçu dura mais de 15 dias. 

Não houve acordo na audiência que reuniu representantes dos trabalhadores do transporte coletivo em greve e das empresas de ônibus. A mesa de negociação foi nesta sexta-feira, 30, convocada e mediada pela Justiça do Trabalho.

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O prefeito Chico Brasileiro (PSD) também participou. Ao desembargador Célio Horst Waldraff, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), ele afirmou que o município não pode interferir nas relações entre empregados e patrões sobre pautas trabalhistas.

O gestor também descartou eventual auxílio financeiro, devido à pandemia, do poder público às empresas. Segundo ele, a prefeitura não dispõe de dotação orçamentária e a prioridade na aplicação dos recursos é o setor de saúde.

Sem acordo entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sitro-FI) e as empresas de ônibus para pôr fim à paralisação, a greve dos rodoviários deverá entrar na terceira semana. Os ônibus circulam com as restrições determinadas pelo TRT.

Ao encerrar a audiência de conciliação, o desembargador deu prazo de 15 dias para as partes juntarem documentos e informações adicionais aos autos. Depois disso, ouvido o Ministério Público do Trabalho, encaminhará o dissídio para julgamento.

O Instituto de Transportes e Trânsito (Foztrans) deverá relatar ao TRT o cumprimento da medida referente à manutenção mínima dos serviços para a população. A diretriz foi fixada pela Justiça do Trabalho ao sindicato.

Motoristas e cobradores de ônibus não receberam o reajuste de 2020 devido à inflação nem o vale-alimentação. O Sitro-FI calcula perdas superiores a 20% na remuneração dos trabalhadores, que poderão ser agravadas considerando a data-base 2021.

As empresas de ônibus afirmam que perderam receitas no período de pandemia, por causa da redução do número de passageiros. Atribuem a queda à diminuição das atividades econômicas, restrições por decretos de contenção à covid-19, entre outros fatores.

Antes da greve dos rodoviários, iniciada no dia 13 de abril, o Consórcio Sorriso mantinha circulando pouco mais da metade da frota total de 130 ônibus. A prefeitura chegou a intervir nas operações, em dezembro do ano passado, alegando descumprimento de contrato e dos decretos sanitários. A intervenção prevista para 180 dias terminou no segundo mês.

Com a paralisação de motoristas e cobradores, os ônibus rodam com o seguinte percentual de veículos, a partir de determinação do TRT:

– 60% em cada linha e escala, das 5h às 9h e das 17h às 20h, o que equivale a cerca de 44 veículos; e

– 40% da frota circulante nos demais horários, o que corresponde a aproximadamente 30 ônibus.

 

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