A imensa quantidade de água e a boa terra são fruto das nossas florestas

Se hoje somos referência na agricultura familiar, na agroecologia e no bom trabalho dos pequenos e médios agricultores, é por causa da quantidade de água e da boa terra.

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As pessoas reclamam da falta de água em casa e no campo, e algo que antes era sofrimento apenas para os que vivem no Norte e Nordeste agora é uma realidade na Região Sul e Sudeste. A ação de grileiros, garimpeiros, assassinos de índios e camponeses tem criado a maior crise hídrica com total secagem dos rios no Paraná e demais estados do Sul e Sudeste.

É importante frisar que diariamente bilhões e bilhões de litros de água potável evaporam, tornando-se  “rios voadores” que irrigam cidades, estados e o país. Ainda que construamos outras formas em nome do “falso progresso”, nunca se poderia gerar isso.

Se hoje somos referência na agricultura familiar, na agroecologia e no bom trabalho dos pequenos e médios agricultores, é por causa da quantidade de água e da boa terra. Fruto da Amazônia e outras florestas como o Parque Nacional do Iguaçu, que é parte da Mata Atlântica.

A abertura da Estrada do Colono destruirá parte significante da fauna e da flora, acabará com centenas ou milhares de espécies vivas e nativas, que sobrevivem e contribuem com a nossa sobrevivência.

Não há riqueza e fonte de vida maiores que a floresta, dela temos produção de frutas, emprego e renda para milhares de famílias. Se pegarmos como exemplo o açaí, ele gerou uma receita de mais de US$ 1,5 bilhão para o estado do Pará em 2019, segundo dados do Sindicato das Indústrias de Frutas e Derivados (Sindfrutas).

No Pará são mais de 70 indústrias, que contratam milhares de pessoas, vendendo 18,5 mil toneladas por ano e exportando para 42 países. Só o açaí envolve mais de 150 mil pessoas no estado do Pará, sem falar de comércios e redes de franquias da fruta espalhadas em todo o país.

Não deixe passar essa boiada! Proteger a fauna e a flora é proteger e defender a sobrevivência da nossa e das demais espécies.

O Parque Nacional do Iguaçu já sofre com a retirada ilegal de palmito e a caça clandestina de animais selvagens.Seja qual for o projeto, mesmo que seja pequeno, o impacto prejudicará a fauna, a flora e as espécies que lá vivem. Não existe progresso se é colocada em risco a vida das espécies. O maior progresso é a manutenção da vida, de todas as formas de animais.

Muitos falam das Cataratas e da Itaipu, porém são projetos antigos, de 40 a 50 anos atrás, que impactaram vidas, ambientes e toda uma diversidade de espécies. E com relação à Itaipu, famílias que viviam às margens do rio, indígenas, ribeirinhos e pescadores.

* Amilton Farias é jornalista e colaborador do H2FOZ 

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