Clube Desbravadores: Educação Ambiental e para a vida

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Aida Franco de Lima – OPINIÃO

Sempre tive o sonho de ser escoteira. Achava o máximo. Mas nas cidades em que morei não havia clubes assim. Então, quando a gente tem filhos, costumamos projetar alguns de nossos sonhos, não realizado, para eles. E foi assim, que por anos acordei cedinho aos domingos para levar minha filha nos encontros do Clube de Debravadores Luzeiros do Paraná, esse de Cianorte. Em Foz do Iguaçu, temos o Clube de Desbravadores, à integrantes de 10 a 15 anos, Três Fronteiras, Rocha Eterna e Feras do Iguaçu. E ainda, os Aventureiros, reservado à ala mirim de 06 a 09 anos, Feras Junior e Quatiguaçu. São vários os clubes, no Paraná e Brasil, mas os objetivos são únicos: desenvolver talentos, habilidades, percepções e o gosto pela natureza! Passada a fase mais aguda da pandemia, depois de dois anos, eles voltam a se reunir.

Ahhhh, e qual criança não sonha em acampar? Participar de campeonatos na lama? Preparar Miojo em uma fogueira? Isso e muito mais são experiências inesquecíveis de quem já foi um (a) Aventureiro (a) ou Desbravador (a). Os pais se encantam, choram de saudades e ficam preocupados com os primeiros acampamentos, emocionam-se com a cerimônia em que recebem os lenços. Também aprendem a mandar a roupa mais surrada, quando é dia de atividade prática, porque sabem que nem Omo vai tirar o encardido.

Competições, desafios, sempre regadas ao espírito de coletividade
Um cordão humano, em meio ao barro e água. A combinação perfeita. Foto: Divulgação

O gosto pela natureza, o respeito ao meio ambiente, a solidariedade, são lições ensinadas que muitos irão levar para toda a vida. Anualmente, há uma campanha para arrecadar alimentos, quando os pequenos vão uniformizados em alguns supermercados pedir a ajuda da comunidade para montar cestas básicas que irão ser a ceia de muitas famílias. Também aprendem sobre a importância das regras e é por isso, entre outros, que quando participam de eventos com mais de 4 mil integrantes, sabem como agir, sem que sintam-se perdidos, em meio a uma multidão.

A temporada de matrículas está aberta e os requisitos são, enquadrar-se nas faixas etárias e vestir a camisa! Procure saber se na sua cidade há algum Clube. Se há uma Igreja Adventista, é muito provável que sim. Importante lembrar que os Desbravadores nascem na Igreja Adventista, mas são abertos a todos os credos. Basta querer estar ali. Não importa classe social, nada mais. São todos iguais.

A dieta vegetariana é algo que estimula os pequenos a refletir sobre o que fazemos com nossa saúde e com a vida dos animais. Para quem não está acostumado, é um soco na boca do estômago, literalmente. Minha filha, quando participou do primeiro acampamento voltou faminta, comendo igual uma leoa, pois não tinha ficado tanto tempo (uns três dias no máximo) sem produto de origem animal. Eu adoraria que tivesse adotado a dieta para a vida, como fiz desde criança, mas nem tudo que projetamos para os filhos, será realizado.

Acampamentos são sinônimos de aventura
Antes da pandemia, acampamentos eram frequentes nas agendas dos Desbravadores. Foto: Divulgação

Os encontros normalmente acontecem aos domingos e claro, é um desafio sair cedo para levar e buscar os pequenos, ainda mais nos dias de chuva e frio. Mas, olhar as fotografias, reviver as memórias e compreender que através do Clube nossos filhos puderam ter experiências coletivas longe das telas dos celulares e computadores e mais próximos à mãe natureza, é extremamente gratificante.

Se você deseja mais informações, procure por Clubes Adventistas.

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