Salário mínimo no Brasil é o segundo pior da América do Sul

Maior valor bruto é o do Chile, seguido por Uruguai e Equador; Brasil fica à frente apenas da Venezuela.

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Após sequência de anos sem ganhos acima da inflação, o salário mínimo nacional no Brasil é o segundo pior da América do Sul. Na lista, que leva em consideração apenas o valor bruto (convertido em dólares), os R$ 1.320 do Brasil representam menos da metade dos mínimos nacionais de Chile e Uruguai e superam apenas o valor pago na Venezuela.

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Os dados, que têm como base o salário mínimo em cada país em maio de 2023, convertidos em dólares pela cotação oficial, foram publicados pelo jornal La Nación, do Paraguai, em matéria neste domingo (17). A lista exclui Guiana e Suriname, mais integrados à região do Caribe; e a Guiana Francesa, departamento ultramarino da França.

Salário mínimo em maio de 2023 (em dólares):

1.º – Chile: US$ 554,40.
2.º – Uruguai: US$ 552,30.
3.º – Equador: US$ 450.
4.º – Paraguai: US$ 354,20.
5.º – Bolívia: US$ 342,30.
6.º – Argentina: US$ 322,20.
7.º – Peru: US$ 283,90.
8.º – Colômbia: US$ 278,70.
9.º – Brasil: US$ 258,80.
10.º – Venezuela: US$ 6,14.

No Paraguai, que ocupa a quarta posição no ranking, o valor de G$ 2.550.307 será reajustado nos próximos dias, em percentual que, de acordo com a Comissão Nacional do Salário Mínimo (Conasam), deverá girar em torno de 5,1%. Na Argentina, devido à inflação de três dígitos, os salários estão sendo atualizados mais de uma vez por ano.

Vale recordar que o percentual de trabalhadores que recebem o salário mínimo varia conforme o país, com o mercado de trabalho da América do Sul sendo marcado pela informalidade. A remuneração média do trabalhador brasileiro, em 2022, foi de R$ 2.540,33 mensais, segundo cálculos da organização não-governamental Oxfam Brasil.

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