Tarifa de Itaipu: para diretor brasileiro, acordo com o Paraguai é positivo

Na visão de Enio Verri, manutenção do atual patamar por três anos e reduções a partir de 2027 beneficiarão o consumidor.

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O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, emitiu suas primeiras declarações públicas, na manhã desta quinta-feira (9), a respeito das negociações fechadas entre Brasil e Paraguai sobre a tarifa da energia produzida pela hidrelétrica binacional.

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Na última terça-feira (7), o Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou nota afirmando que o Custo Unitário dos Serviços de Eletricidade (CUSE) foi fixado em US$ 19,28 por megawatt-hora até 2026. Para o mercado brasileiro, contudo, será mantido o preço de US$ 16,71, com Itaipu absorvendo a diferença.

O acordo anunciado pelo MME também prevê que a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu (que define as bases financeiras do empreendimento) seja concluída ainda em 2024 e que o Paraguai possa, a partir de 2027, comercializar seu excedente de energia da binacional diretamente no mercado livre brasileiro.

“Achamos o acordo altamente positivo. Porque não trata somente da negociação de tarifa, trata-se de um grande acordo bilateral que envolve a tarifa, que eu chamo de um assunto conjuntural, e o próprio Anexo C, que é um assunto mais estruturante. Estamos falando de um documento que 50 anos depois começamos a negociar”, afirmou Verri, citado pela assessoria.

Segundo o diretor, a negociação tem pontos positivos e atende aos interesses dos dois países proprietários da usina. “É o que a gente esperava que acontecesse, um grande acordo. E não poderia ser diferente numa empresa do tamanho de Itaipu, cujo percentual é de 50% do governo brasileiro e 50% do governo paraguaio”, indicou.

“Não adianta criar uma expectativa de que o Brasil, por ser maior, tem que se impor ao Paraguai. O Paraguai é dono da empresa, tem todos os direitos, e a única saída seria um acordo. Acordo que, na minha opinião, foi bastante positivo para Brasil e Paraguai”, concluiu Verri.

Conforme Itaipu, a expectativa para 2027, quando a metodologia de cálculo da tarifa passará a considerar apenas os custos operacionais de produção, será de tarifa ainda mais baixa, entre US$ 10 e US$ 12.

(Com informações de Itaipu Binacional)

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