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Editorial

Opinião do H2FOZ

Foz em 117.º lugar no IPDM expõe estagnação e cobra projeto para avançar

Indicador do Ipardes coloca a cidade na rabeira do desenvolvimento e da qualidade de vida.

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Foz em 117.º lugar no IPDM expõe estagnação e cobra projeto para avançar
Arte desenvolvida por IA sob direção, edição e pós-produção de Claudio Siqueira

A posição de Foz do Iguaçu nos indicadores socioeconômicos oficiais se tornou um alerta permanente para a necessidade de medidas, ações e políticas públicas estruturantes. Nos últimos anos, sempre que os números vieram à tona, produzidos por diferentes instituições e autores, integrantes da antiga gestão municipal preferiram confrontar os dados, numa tentativa infrutífera de descredenciá-los.

O levantamento mais recente, o Índice Ipardes de Desempenho Municipal (IPDM 2025), com ano-base 2023, recoloca Foz do Iguaçu na rabeira do desenvolvimento e da qualidade de vida. A cidade aparece apenas na 117.ª posição entre os 399 municípios paranaenses, segundo a autarquia estadual.

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A mobilidade de Foz no indicador, nos últimos anos, foi tênue: a nota passou de 6.621 para 6.708 entre 2022 e 2023. Na série histórica, a estagnação é evidente, já que em 2010 o município figurava no 110.º lugar. Ou seja, em pouco mais de uma década, perdeu sete posições.

Entre as maiores cidades do Paraná, Foz do Iguaçu fica atrás de Curitiba, Maringá, Cascavel, São José dos Pinhais, Londrina, Ponta Grossa e Guarapuava.

Analista do cenário regional, o estatístico Luiz Carlos Kossar reforça esse contraste ao comparar Foz com cidades vizinhas: Toledo alcançou o quinto lugar geral do Paraná; Cascavel, o 11.º; Medianeira, o 19.º — desempenhos sólidos e consistentes.

Ao passo que problemas básicos de Foz do Iguaçu parecem insolúveis para a gestão municipal, como tapar buracos ou oferecer serviços de saúde com dignidade, a cidade patina em desempenho médio pelos critérios do Ipardes, sem dar um passo à frente no indicador. Diante de um 117.º lugar na lista do desenvolvimento e da qualidade de vida, uma pergunta renitente volta a ecoar: qual é plano para fazer a cidade avançar?

A radiografia do IPDM expõe a cidade entregue por Chico Brasileiro (PSD) à atual administração, uma Foz do Iguaçu com defasagens e que precisa superar desafios urgentes em renda, saúde e educação. O prefeito Joaquim Silva e Luna (PL), por sua vez, já está concluindo o primeiro ano de gestão envolvido em miudezas e sem apresentar um projeto objetivo e viável para promover o salto que a cidade exige, precisa e merece.

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