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Educação

Servidores da Unila rejeitam proposta do governo, e greve continua por tempo indeterminado

Categoria calcula que as perdas inflacionárias desde o último reajuste são de 34%, muito aquém da oferta recebida.

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Servidores da Unila rejeitam proposta do governo, e greve continua por tempo indeterminado
Três semanas se somam à greve das universidades e institutos federais. Foto: Divulgação
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Os servidores técnico-administrativos em educação da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) rejeitaram por unanimidade, na quinta-feira (25), a proposta apresentada pelo governo federal no dia 19.

A decisão foi tomada em uma assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais no Paraná (Sinditest), que também conta com servidores da UFPR e UTFPR. Com a rejeição pela plenária, a greve da categoria continua por tempo indeterminado.

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O governo propôs 0% de reajuste para 2024, 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. As entidades que representam os TAEs calculam que as perdas inflacionárias desde o último reajuste são de 34%.

A coordenadora do Sinditest na Unila, Fernanda Pereira, explicou que a categoria discute com o governo, desde setembro do ano passado, a reestruturação da carreira e que nesse período outras carreiras conquistaram reajustes significativos, como a Polícia Federal, Receita Federal, Polícia Rodoviária, Funai e Ibama.

“Na Educação, por outro lado, a proposta está muito aquém das perdas salariais dos servidores técnicos nos últimos seis anos. Isso só mostra que a nossa categoria ainda é invisibilizada, desvalorizada e desacreditada, inclusive pelo governo federal”, analisa.

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Em todo o Brasil, servidores de 61 universidades e 520 unidades de institutos federais estão em greve reivindicando reestruturação de carreira e recomposição salarial. Com a adesão dos docentes à paralisação, no último dia 15, algumas instituições estão deliberando por suspender o calendário acadêmico.

De acordo com a nota do Comando de Greve da Unila, o Instituto Federal do Paraná (IFPR) comunicou que irá interromper o calendário em seus 27 campi, incluindo Foz do Iguaçu, a partir de 1.º de maio, por tempo indeterminado. Ainda segundo o comunicado, na UFPR, uma reunião do Conselho Universitário para deliberar sobre esse tema está marcada para a próxima terça-feira (30).

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A Unila está atualmente em período de recesso acadêmico. O novo semestre letivo terá início em 14 de maio.

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Assuntos

Vacy Álvaro

Vacy Alvaro é jornalista e coordenador do núcleo de Jornalismo de Dados/Infográficos do H2FOZ.