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Unila tem alunos de 28 povos indígenas – veja a lista

Povo ticuna, oriundo da Amazônia, é o mais numeroso; etnias guarani e kaingang também estão representadas na universidade.

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Unila tem alunos de 28 povos indígenas – veja a lista
Universidade criou processo seletivo específico para os povos indígenas do Brasil e do exterior. Foto: Assessoria/Unila
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Com sede em Foz do Iguaçu, a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) divulgou, nessa semana, levantamento que mostra que a instituição conta, atualmente, com 153 alunos que ingressaram pelo Processo Seletivo Indígena (PSIN), representantes de 28 povos do Brasil e de outros sete países da América.

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A nação mais numerosa é a ticuna, procedente da Amazônia (região de afronteira entre Brasil, Colômbia e Peru), com 114 integrantes. A representatividade ocorre, principalmente, devido à divulgação feita por membros da comunidade, a respeito do Processo Seletivo Indígena (PSIN), implantado em 2019.

O povo guarani, residente em toda a região de fronteira trinacional, tem 10 representantes, seguido pelas etnias nasa (9), kichwa (6) e kuikuro (3).

Logo após, com dois representates cada, aparecem os povos atikum-umã, borari, kaingang, kokama e pankará. Com um acadêmico cada, estão os povos yunga, aymará, baniwa, beré, cubeo, desano, garifuna, jivi-baré-curripaco, macuxi, mapuche, maya, mayruna, pastos, piaroa, shuar, wayuu, xavante e xocó.

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Já a distribuição por nacionalidades indica 139 brasileiros, 16 colombianos, sete equatorianos, três venezuelanos, dois bolivianos, um guatemalteco, um hondurenho e um chileno.

“Antes do PSIN o número de estudantes autodeclarados indígenas era muito menor e, os que aqui estavam em sua grande maioria já possuíam alguma familiaridade com as práticas sociais de organização de uma Universidade tradicional”, relata Patrícia Queiroz, integrante da Comissão de Acesso e Permanência dos Povos Indígenas, citada pela assessoria da Unila.

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“Além disso, o ingresso de estudantes residentes em aldeias ou em localidades de difícil acesso tornava praticamente impossível o acesso. Hoje a Unila conseguiu desenvolver um sistema que possibilitou o acesso de indígenas que, de outra forma, jamais conseguiriam chegar até nós”, ressalta Queiroz.

Para concorrer a uma vaga pelo PSIN, os candidatos indígenas têm a disposição um processo 100% on-line, que tem como base as notas do Ensino Médio ou o equivalente no exterior. Para saber mais sobre o PSIN, no portal da Unila, clique aqui.

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Guilherme Wojciechowski

Guilherme Wojciechowski é colaborador do H2FOZ desde 2022. Acompanha o noticiário da fronteira há duas décadas e cobre editorias como Paraguai, Argentina, Turismo, Esporte, Cultura e Segurança Pública.