Alvaro Dias é o “pai” de Sergio Moro, alfineta Roberto França

O candidato ao Senado Federal pelo PCO mora em Foz do Iguaçu e é professor universitário.

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O candidato ao Senado Federal pelo PCO mora em Foz do Iguaçu e é professor universitário.

O candidato a senador do Paraná Roberto França (PCO) foi entrevistado na série 2 em 1, do H2FOZ e Rádio Clube FM 100.9, na segunda, 26. Afirmou que se lançou na disputa eleitoral por decisão do seu partido e que defende a “causa dos professores”.

O postulante a senador vive em Foz do Iguaçu e é professor na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). Conforme o candidato, o programa do partido defende a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte e se posiciona contra a existência do Senado Federal e da Suprema Corte.

Questionado sobre o motivo de pregar a extinção do Senado e do Supremo, avaliou que os senadores são os mais burgueses e relembrou que foi a corte superior da Justiça que extraditou Olga Benário, morta grávida em um campo de concentração na Alemanha nazista, em 1947. Os juízes devem ser eleitos, ponderou.

Assista à entrevista:

Para Roberto França, a reforma agrária no Brasil é urgente, devido ao latifúndio, que, na sua opinião, expulsa as pessoas das próprias terras. O presidente Jair Bolsonaro está fornecendo títulos de terra para quem faz parte da base dele, apontou. “Em nome do falso nacionalismo de Bolsonaro, agentes externos estão entrando no Brasil”, disse.

O candidato também acredita que as ONGs são responsáveis pela perda de soberania nacional. “Há uma confusão do que é o projeto nacional”, comentou. Para ele, a Constituição Federal deve dizer, de fato, o valor do salário mínimo – que, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), deveria estar perto de R$ 7,5 mil.

“Estamos vendo o empobrecimento da população”, criticou. O militante do PCO informou que seu partido defende a redução da jornada de trabalho para o trabalhador descansar e para haver mais vagas.

O postulante à vaga no Senado deste ano afirmou ser defensor dos serviços públicos e contra o que chama de ataque ao funcionalismo. O ensino público, gratuito para todos, é parte das bandeiras de Roberto França. “Bolsonaro preferiu terminar a segunda ponte e não terminar o prédio da Unila”, frisou.

Sobre os nove candidatos a senador no Paraná, diz que Alvaro Dias, que busca a reeleição, é uma espécie de senhor feudal paranaense. “Ele tem o controle do sistema judiciário, conhece todas as comarcas. Há um dinheiro muito grande em torno de Alvaro”, alfinetou.

“Alvaro Dias vai ganhar fácil, infelizmente com apoio do PT”, prosseguiu França, ao questionar: “Como é que os professores apanham e ainda votam no Alvaro?” Seguindo a avaliação, entende que “Moro não sabe nem falar, e Alvaro Dias é o pai de Sergio Moro”, disparou Roberto.

Sua candidatura até o momento recebeu R$ 3 mil destinados pela direção do partido. O patrimônio de Roberto França é de R$ 283 mil. “Mas não tem [na quantia declarada à Justiça Eleitoral] o valor da dívida em consignado”, complementou.

Perfil

Roberto França da Silva Junior tem 45 anos, é graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e leciona na Unila. É professor de Geografia, especializado em Geopolítica e Economia Política. Também foi docente no ensino médio. É a primeira vez que se candidata a cargo eletivo.

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