Pandemia faz da bicicleta substituto do transporte coletivo, da pelada e do passeio a pé

Em Foz, cresce cada vez mais o número de adeptos da bike, inclusive de gente que quer ver ou rever locais curiosos e interessantes da cidade.

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O mercado de bicicletas cresceu 18% durante a pandemia. E é fácil explicar esse interesse maior pelas “bikes”: quem pode, evita o transporte público, por causa da aglomeração. Mas tem também muita gente que substituiu a pelada do fim de semana, que por várias vezes foi proibida nas restrições devido à covid-19, por longos passeios de bike.

Assista à entrevista:

E assim foram surgindo novos grupos de adeptos. É o caso dos ciclistas que participam do grupo Redescobrindo Foz de Bike, que se interessam pelas paisagens, mas também pela história e pela cultura da fronteira.

O Marco Zero é um programa conjunto produzido pelo H2FOZ e Rádio Clube FM. Entrevista, opinião, enquete, entretenimento, esporte, cultura e agenda. Todo sábado, das 10h às 12h. Participe do grupo no Whatsapp para receber as novidades.  https://bit.ly/3ws5NT0

O programa Marco Zero, produzido pelo H2FOZ e Rádio Clube FM, trouxe no último sábado, 10, uma entrevista com um dos participantes do Redescobrindo Foz de Bike, Hélio Otremba, que contou causos e também disse quais alguns dos pontos mais interessantes pra se visitar em duas rodas.

Inicialmente, Hélio contou que, com a pandemia, ficou preocupado com as aglomerações, que já não permitiam nem fazer um passeio tranquilo a pé pelo centro da cidade. Foi assim que redescobriu a bike.

Por sinal, uma bicicleta Milano, já enferrujada, que havia comprado no Paraguai. Com ela, começou a rodar 2 km, depois 5 km e, em pouco tempo, já fazia percursos longos. E, neste caso, já com companheiros de pedal. “A gente estava a cada dia em um canto da cidade”, brinca.

De lá para cá, já com uma bicicleta mais preparada para essas aventuras, ele e o grupo Redescobrindo Foz de Bike já fizeram mais de 150 passeios, por Foz e municípios vizinhos, além de visitar pontos interessantes do lado paraguaio.

Segundo Hélio, o grupo foi a lugares da cidade que conhecia de outras épocas, mas que não visitava há tempos. A partir de dezembro, com a criação de uma página no Facebook e no Instagram com o nome do grupo, as publicações repercutiram e muitas pessoas se interessaram em também conhecer os locais apresentados em fotos e vídeos.

E é inevitável a pergunta: qual o melhor local pra se visitar de bike? Sem qualquer dúvida, Hélio responde que são as Cataratas. “Ali é o ponto máximo. Não existe lugar igual pra fazer pedal que não as Cataratas do Iguaçu. E muitas pessoas nem sabiam que se pode ir lá de bicicleta. É fantástico”, diz.

Mas claro que há outros locais interessantes. Ele cita, por exemplo, a cachoeira localizada atrás do Hotel Canzi e o pôr do sol no chamado Porto Popeye, onde se encontra muita gente que vai de cadeira de praia para assistir ao sol sumindo no horizonte.

Pro lado de Itaipu, Hélio diz que é possível apreciar imagens do reservatório “que ninguém imagina”. Ele se refere ao alto da Boa Vista, já no meio rural de Foz.

Tem também o Salto de Monday, no Paraguai, “muito agregador” e que despertou o interesse de muita gente em querer visitar.

Mas, além do aspecto paisagístico, ambiental, Helio Otremba, apaixonado por história e cultura, procura ir a locais que guardam a memória de Foz do Iguaçu, como o ponto em que o Caminho de Peabiru passa pela região.

O caminho é uma ligação entre os oceanos Atlântico e Pacífico, usada por indígenas brasileiros e primitivos povos andinos antes da chegada de Cabral ao Brasil. E Foz era uma espécie de “hub” de conexão de várias trilhas que formam a Rota Transcontinental Caminhos do Peabiru, como ensina a organização Rede Trilhas.

Na chácara La Nena, lazer e muitas histórias pra ouvir e curtir. Foto Redescobrindo Foz de Bike

No Facebook do grupo, há fotos de uma visita à chácara Nhá Nena, da família Pedro Basso, aquela do estádio Pedro Basso, onde jogaram atletas famosos mundialmente, como o Garrincha.

Mas há ainda muitos outros lugares para ver e rever em Foz e região, diz Hélio Otremba. No Facebook, a página convida todos a participar dos desafios de conhecer Foz. “Não é só bike, é história, é cultura, é aventura!”, diz o texto.

Veja mais algumas fotos do grupo Redescobrindo Foz de Bike:

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