Os ladrões que explodiram a agência do banco Itaú na cidade de Katueté, no Paraguai, conseguiram levar apenas parte do dinheiro armazenado no cofre do local.
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O crime ocorreu na madrugada de quinta-feira (30), tendo como autores bandidos brasileiros e paraguaios, ainda não identificados. Entre 15 e 20 indivíduos, a bordo de cinco ou seis caminhonetes, participaram da ação, que envolveu até o uso de drones.
Dos veículos utilizados no assalto, a Polícia Nacional do Paraguai conseguiu encontrar dois, abandonados em áreas rurais. Uma das caminhonetes, inclusive, tinha denúncia de roubo na Argentina, o que mostra o alcance internacional dos bandidos.
Câmeras de segurança com dispositivos de áudio registraram que a maior parte do grupo falava português. Entre os que se comunicavam em espanhol, a maioria tinha sotaque paraguaio. Um dos indivíduos, contudo, apresentava sotaque boliviano.
Quanto ao valor subtraído, investigadores e representantes do banco Itaú no Paraguai conseguiram retirar 23 sacos com dinheiro dos escombros da agência.
As cédulas que os bandidos não conseguiram levar totalizaram G$ 2,6 bilhões, US$ 106,2 mil e R$ 100, somando valor de US$ 478,6 mil.
Por outro lado, o dinheiro que o grupo criminoso efetivamente conseguiu roubar giraria em torno de US$ 438,9 mil, dividido em notas de dólares e guaranis. A cifra não é exata, pois várias cédulas ficaram inutilizadas ou queimaram durante a explosão.
Para identificar os responsáveis, a Direção de Material Bélico (Dimabel) do Paraguai está rastreando os explosivos utilizados pelo grupo. De momento, 15 empresas estão sob monitoramento, sob suspeita de terem fornecido o material.
Autoridades do Brasil colaboram com as investigações, devido à suspeita de que facções brasileiras tenham participado do planejamento e da execução do crime.

