Condenado a mais de 24 anos de prisão no caso relacionado à trama golpista, Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no governo de Jair Bolsonaro, foi preso no Paraguai nessa sexta-feira (26).
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De acordo com a Polícia Federal (PF), Silvinei rompeu a tornozeleira eletrônica em Santa Catarina e seguiu para o país vizinho.
O brasileiro tinha como objetivo embarcar em um voo comercial no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, localizado na região metropolitana de Assunção. A aeronave decolaria para o Panamá, de onde Silvinei faria escala até El Salvador.

Conforme o relato, no momento da abordagem pelas autoridades do Paraguai, o ex-diretor da PRF apresentou um passaporte paraguaio.
Em entrevista ao canal C9N, Jorge Kronawetter, titular da Direção Nacional de Migrações (DNM), disse que os inspetores perceberam, imediatamente, problemas com o documento portado por Silvinei.
“Durante a madrugada, uma pessoa se apresentou com um passaporte paraguaio, dizendo ser a proprietária desse documento. Porém, nossos inspetores têm treinamento para detectar esse tipo de situação”, afirmou Kronawetter.
“Ele [Silvinei] passou para um controle secundário, pois as características do passaporte não coincidiam com a pessoa. Posteriormente, soubemos que estava usando um documento de um cidadão paraguaio, mas que era um brasileiro”, complementou.
“Depois, chegou do Brasil a ordem de captura dessa pessoa, e estamos fazendo os trâmites administrativos para entregá-la às autoridades brasileiras”, descreveu o diretor.
Silvinei Vasques em Foz do Iguaçu
Ainda na sexta-feira, as autoridades paraguaias conduziram Silvinei até a cabeceira da Ponte Internacional da Amizade, entre Ciudad del Este e Foz do Iguaçu.
A entrega à Polícia Federal ocorreu à noite, sob forte esquema de segurança. O ex-diretor da PRF passou a noite na delegacia de Foz do Iguaçu. O traslado para Brasília está previsto para a manhã deste sábado (27), por via aérea.

