Dólar vai a R$ 5,67 e atinge maior valor em seis meses

A moeda está no nível mais alto desde 13 de abril; em Foz do Iguaçu, é vendida acima do valor médio nacional.

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A moeda está no nível mais alto desde 13 de abril; em Foz do Iguaçu, é vendida acima do valor médio nacional.

O mês de novembro começou com dólar em alta, fechando no maior nível em mais de seis meses. A moeda estrangeira encerrou a cotação comercial nessa segunda-feira, 1º, sendo vendida a R$ 5,67, alta de 0,43%. No patamar mais alto, às 12h, chegou a valer R$ 5,69.

A valorização ocorreu mesmo com a interferência do Banco Central (BC), que leiloou US$ 700 milhões em contratos, segundo a Agência Brasil (ABr). A operação realizada é equivalente à venda de dólares no mercado futuro.

A moeda estadunidense está no nível mais alto desde 13 de abril, quando tinha fechado em R$ 5,71, acumulando valorização de 9,27% em 2021. Conforme os especialistas, o aumento da cotação ocorre “em meio à cautela no mercado local e às expectativas com a decisão do Banco Central norte-americano”, segundo a ABr.

Em Foz do Iguaçu, casas de câmbio vendiam o dólar a R$ 5,75 já na sexta-feira, 29, antes do pico nacional observado nessa segunda-feira. Neste feriado de terça-feira, 2, a reportagem encontrou a moeda sendo comercializada a R$ 5,77.

A cotação do dólar está diretamente ligada à economia das Três Fronteiras do Brasil, Paraguai e Argentina. Seu valor influencia principalmente o setor de compras na cidade vizinha Ciudad del Este – alta do dólar encarece os produtos para quem compra com real, por exemplo –, que é um atrativo para turistas que visitam a região.

Quanto ao cenário em relação ao dólar, há expectativa com a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que parcela os precatórios e muda o cálculo para a definição do teto de gastos. “O mercado teme que o governo recorra a alguma solução que crie brechas para estourar o teto, como a edição de um decreto de calamidade pública”, informou a ABr.

Outro fator envolve o contexto de elevação da moeda, segundo a Agência Brasil, órgão oficial de imprensa do governo brasileiro, que é a alta dessa divisa no mercado internacional. Isso por causa das expectativas quanto à reunião do Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos.

“A autoridade monetária da maior economia do planeta deve começar a retirar os estímulos concedidos durante a pandemia de covid-19”, noticiou a agência. Ainda que não eleve os juros básicos, o Fed pode dar início à redução do “volume de compras mensais de títulos que injetam dinheiro na economia” dos Estados Unidos, reportou a ABr.

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