Estados Unidos impõe novas sanções contra ex-presidente do Paraguai

Horacio Cartes e o atual vice do país, Hugo Velázquez, tiveram bens bloqueados e estão proibidos de fazer negócios com empresas e cidadãos estadunidenses.

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O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta quinta-feira (26), a aplicação de novas sanções contra o ex-presidente do Paraguai Horacio Cartes (2013–2018) e o atual vice-presidente do país, Hugo Velázquez. No ano passado, Cartes, Velázquez e pessoas próximas já tinham sido proibidos de entrar em território estadunidense.

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O comunicado à imprensa foi lido pelo embaixador dos Estados Unidos no Paraguai, Marc Ostfield, que concedeu entrevista coletiva. Cartes e Velázquez são acusados de corrupção, pagamento de suborno e vínculos com o grupo libanês Hezbollah, classificado por Washington como organização terrorista.

“Todas as propriedades e interesses em posse das pessoas descritas anteriormente, que se encontrem nos Estados Unidos ou em posse ou controle de pessoas estadunidenses, estão bloqueados e devem ser reportados à Agência de Controle de Ativos de Estrangeiros (OFAC)”, diz parte do documento divulgado pelo embaixador.

“Além disso, também será bloqueada qualquer entidade que seja propriedade, direta ou indireta, individualmente ou em conjunto, em 50% ou mais, de uma ou mais das pessoas bloqueadas, a menos que esteja autorizada por uma licença geral ou específica emitida pela OFAC ou que esteja isenta de outro modo”, complementa.

Dessa maneira, as sanções alcançam as empresas pertencentes a Horacio Cartes, com citações específicas às companhias Tabacos USA Inc., Bebidas USA Inc., Dominicana Acquisition S.A. e Frigorífico Chajha S.A.E.

Atual presidente do Partido Colorado e padrinho político de Santiago Peña, candidato da legenda nas eleições presidenciais de abril, Cartes é acusado de ter pagado subornos mensais a parlamentares e dirigentes da legenda para obter apoio a pautas de seu interesse, como a candidatura à presidência do país em 2013.

Sobre o envolvimento com o grupo libanês, o documento refere que “o Hezbollah realizou regularmente eventos privados no Paraguai, onde os políticos faziam acordos por favores, vendiam contratos estatais e discutiam os esforços de aplicação da lei, em troca de suborno. Representantes de Cartes e Velázquez cobraram suborno nessas reuniões”.

O detalhamento das acusações contra os políticos paraguaios pode ser lido, em espanhol, clicando aqui. Pelo menos até o início da tarde, os sancionados ainda não tinham dado declarações públicas sobre o tema.

Atualização: declarações de Hugo Velázquez.

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