Dois cidadãos de nacionalidade brasileira, que estudam medicina no Paraguai, foram presos em Ciudad del Este, na manhã desta segunda-feira (18), durante o cumprimento de mandados da Operação Hipócrates, desencadeada pela Interpol Paraguai, em conjunto com o Ministério Público do país.
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Conforme as informações repassadas à imprensa, os brasileiros, identificados como Alexandre G.M. e Wyllyam S., produziam certificados e históricos falsos, para que os compradores dos documentos adulterados pudessem “pular” os semestres iniciais do curso de Medicina em universidades do lado paraguaio da fronteira.
A existência das fraudes foi detectada por um estabelecimento de ensino, que alertou o caso às autoridades. Além dos dois presos nesta segunda, um grupo de 15 a 17 estudantes, também brasileiros, está sendo investigado pelo suposto uso dos documentos falsificados, para estudar em três instituições particulares de Ciudad del Este e região.
Os mandados de prisão, busca e apreensão foram cumpridos em um apartamento do edifício Santo Domingo, na área central da capital do Alto Paraná. Nos papéis apreendidos, os policiais encontraram anotações indicando a cobrança de valores entre R$ 800 e R$ 1,5 mil pelas falsificações.

Segundo a promotora Viviana Coronel, coordenadora do Ministério Público na operação, será solicitada a cooperação do Brasil, para verificar o histórico dos investigados e apurar a existência de casos similares, inclusive, em outras cidades paraguaias da fronteira, onde também funcionam cursos na área da saúde.
Embora a imprensa paraguaia tenha divulgado os nomes de três instituições de ensino alvo da ação dos falsários, o H2FOZ optou por não divulgá-los, tendo em vista que teriam sido apenas vítimas da fraude.


